Texto por Colaborador: Redação 03/11/2025 - 03:00

O momento delicado do Inter exigiu um pronunciamento da direção. E ele veio. Após o empate sem gols com o Atlético-MG, neste domingo (2), no Beira-Rio, o vice de futebol, José Olavo Bisol, falou à imprensa e ao torcedor colorado.

Depois da equipe de Ramón e Emiliano Díaz deixar o campo, o dirigente agradeceu à torcida pelo apoio, anunciou que a direção passará a se manifestar após todas as partidas e criticou a arbitragem do jogo deste domingo. Além disso, pediu ponderação nas críticas ao time.

Além de diversas promoções do clube para o confronto contra o Galo, o presidente Alessandro Barcellos fez questão de convocar a torcida na semana passada. Ela atendeu ao chamado e compareceu em peso: o Beira-Rio registrou público de 32 mil pessoas neste domingo.

"Agradecer a todos que se mobilizaram para vir aqui e entenderam o chamado do clube, da comissão técnica, dos atletas, da diretoria. Mesmo sem a vitória, sabemos a importância dessa energia que foi criada", afirmou Bisol.

O vice de futebol também garantiu nova postura de comunicação do clube, com pronunciamentos regulares após cada jogo e maior transparência para com o torcedor, especialmente neste momento - o Inter é o 15º da tabela, com 36 pontos, cinco à frente do Vitória, próximo adversário e primeiro dentro do Z-4:

"As pessoas terão o pronunciamento de algum dirigente após todos os jogos. Estamos cientes do momento delicado e trabalhando profundamente para encontrar soluções. Queremos uma relação transparente com o torcedor."

"Nunca deixamos de tratar os assuntos de forma transparente. Alguns até falaram que a gente se esconde desse processo. Ao contrário, vamos estar aqui com mais firmeza. É isso que necessita neste momento. Não é momento de caça às bruxas. Não é momento de crítica pesada com relação a A, B ou C. O que queremos aqui é que a união de todos possa repercutir para a gente sair desse momento."

"Quando fazemos uma análise de pós-jogo, é sempre uma avaliação do Inter sobre o próprio Inter. O otimismo vem da evolução que observamos, mas isso não significa que estamos satisfeitos com o que temos apresentado."

Sobre o momento da equipe: "O ambiente, neste momento de transição, cabe a nós cobrar, mas também reconhecer a entrega e o trabalho de quem está buscando melhorar. Estamos falando de pessoas, não de máquinas. Seguiremos até o fim do ano com esse grupo, essa comissão técnica e esse departamento. Agora é hora de união, não de depreciação. As avaliações mais profundas virão no momento certo."

Sobre rumores de atrasos salariais: "Me chama a atenção esse assunto vir à tona todos os dias, toda semana, mesmo depois de o presidente do clube já ter declarado que isso não existe. O Inter não deve nada aos atletas. Quando alguém com a responsabilidade de gerir um departamento com mais de 50 pessoas fala, é porque há seriedade no trabalho. Os jogadores estão aqui, e se ainda existe dúvida, perguntem a eles. Se houvesse qualquer irregularidade, todos já saberiam. O futebol não esconde nada. Então, tratamos esse tema com tranquilidade, porque está muito longe de ser um problema dentro do clube."

O jogo contra o Galo foi repleto de interferências do VAR. O Inter teve vermelho e pênalti contra si anulados. Além disso, o árbitro Alex Gomes Stefano só expulsou Vitor Hugo, zagueiro do Atlético-MG, após revisão no monitor.

Por essas questões, Bisol criticou a arbitragem, mas não a colocou como culpada do resultado:

"Todas as decisões capitais foram revistas pelo VAR. Isso é lamentável. Além de não acertar, o árbitro de campo prejudica um jogo travado. Mas, claro, nossa ineficiência em marcar o gol não passa por isso."

Por fim, sobre a cobrança do Racing, desconversou: "Sobre a situação do Racing [dívida pendente do Inter], temos conhecimento. Temos um departamento que trabalha para recomposição, parcelamento e acerto...  mas acho que isso não dificulta uma com em definitivo (no caso de fechar a contratação em definitivo, nota do ed)".

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