Texto por Colaborador: Redação 15/06/2025 - 03:45

A crise financeira no futebol brasileiro segue preocupante, e o Relatório Convocados 2025 mostra que muitos clubes da Série A já estão próximos do limite do endividamento — ou seja, do ponto em que suas dívidas se tornam quase insustentáveis diante da capacidade real de suas receitas.

O estudo avalia quanto tempo cada clube precisaria para quitar suas dívidas utilizando 20% da receita bruta, considerando a média dos últimos três anos e a receita projetada para 2024. O resultado expõe uma situação crítica, especialmente para os grandes clubes, que já operam no limite do que suas finanças suportam.

O Internacional aparece em sexto lugar nesse ranking, com um prazo estimado de 10,3 anos para quitar suas dívidas, o que evidencia que o clube está muito próximo do seu limite financeiro. Essa realidade dificulta novas contratações e investimentos sem um rigoroso controle orçamentário e reforça a urgência de medidas para evitar o agravamento da situação.

No topo da lista dos clubes que mais precisam de tempo para saldar suas dívidas e que, portanto, estão mais pressionados pelo limite do endividamento, estão o Atlético-MG, que precisaria de até 22,5 anos utilizando a média das receitas e 19 anos com a receita projetada de 2024; o Cruzeiro, que levaria entre 21,9 e 15,6 anos; o Botafogo, entre 17 e 11,2 anos; o Vasco, entre 13,7 e 10,4 anos; e o Corinthians, com um prazo entre 12,1 e 10,5 anos. Vale destacar que, desses, quatro clubes são SAFs, o que demonstra que a estrutura moderna de gestão não elimina automaticamente o problema do endividamento.

Esse cenário reforça o desafio que o SCI e outros clubes tradicionais enfrentam para manter a saúde financeira, sem ultrapassar o limite do endividamento, o que é fundamental para garantir a sustentabilidade e evitar crises econômicas que prejudiquem também o desempenho esportivo. O Relatório Convocados 2025 deixa claro que é urgente repensar modelos e estratégias, não apenas para reduzir dívidas, mas para manter o endividamento dentro de um patamar suportável pelo clube. Tanto que mesmo com a venda de Gabriel Carvalho por R$ 109 milhões, o Colorado fechou 2024 com rombo de R$ 34 milhões nas contas. O déficit foi provocado pelos altos custos do futebol somados aos gastos para recuperação da estrutura do clube após a enchente de maio do ano passado. 

Posição Clube Tempo (Receita Média) Tempo (Receita 2024)
1 Atlético-MG 22,5 anos 19,0 anos
2 Cruzeiro 21,9 anos 15,6 anos
3 Botafogo 17,0 anos 11,2 anos
4 Vasco 13,7 anos 10,4 anos
5 Corinthians 12,1 anos 10,5 anos
6 Internacional 10,3 anos 9,3 anos
7 Vitória 9,2 anos 5,1 anos
8 Fluminense 7,9 anos 6,0 anos
9 São Paulo 7,5 anos 7,4 anos
10 Grêmio 6,2 anos 5,4 anos
11 Athletico 5,3 anos 4,7 anos
12 Palmeiras 4,3 anos 3,6 anos
13 Fortaleza 3,2 anos 3,3 anos
14 Flamengo 2,5 anos 2,6 anos
15 Bahia 2,3 anos 1,5 anos
16 RB Bragantino 1,1 ano 1,0 ano
17 Cuiabá 0,9 ano 0,7 ano
18 Atlético-GO 0,9 ano 0,7 ano
19 Juventude 0 ano 0 ano
20 Criciúma (-1,3 anos) (-0,7 ano)

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