Pressionada pela opinião pública e por alguns clubes a ajudá-los financeiramente durante a crise por conta do coronavírus, a CBF deixou clara sua posição nesta terça-feira (31). Após registrar o recorde de quase R$ 1 bilhão em receita em 2019, a entidade máxima do futebol brasileiro não pretende socorrer os clubes, informa o secretário-geral, Walter Feldman, via UOL, avisando alguns dirigentes que “se contenham” nos pedidos via imprensa.
Os contatos começaram a acontecer após a última reunião da CBF com o Conselho Nacional dos Clubes (CNC). Muitos dirigentes fizeram apelos publicamente. Recentemente, a confederação anunciou uma receita recorde referente ao ano de 2019 de R$ 957 milhões. As partes terão uma nova rodada de conversas nesta terça-feira.
Na reunião em questão, clubes como Vasco, Coritiba, Juventude e Brasil de Pelotas questionaram a confederação sobre como a mesma poderia ajudá-los com aportes. Alexandre Campello, presidente cruz-maltino, foi quem puxou a conversa. Ele também é o presidente do CNC.
"Os clubes estão numa situação de um certo desespero, especialmente os menores. E com a perspectiva grande de diminuição de receita, sem arrecadar com bilheteria, patrocinadores. E na reunião eu levantei essa possibilidade, para saber se a CBF poderia contribuir", falou Campello.
Cabe lembrar que lucro da CBF também foi recorde. Sobraram R$ 190 milhões no caixa da entidade, que diz ter investido ainda R$ 535 milhões no desenvolvimento do futebol, sendo R$ 215 milhões nas seleções brasileiras e outros R$ 320 milhões em competições e desenvolvimento das federações estaduais.