O debate sobre a situação financeira do Inter, intensificado com a votação das debêntures, gerou a impressão de desespero por vendas de jogadores. Porém, o vice-presidente de futebol José Olavo Bisol afirma que essa não é a realidade do clube. Ele reconhece as dificuldades, mas destaca que a situação não é inédita. "Não estamos desesperados. Não vai ter desmanche no Inter. É um ano difícil, como muitos outros foram no futebol brasileiro", assegura em entrevista ao GZH.
Bisol analisou a temporada de 2024, destacando a capacidade de Roger Machado em implementar um modelo de jogo eficiente, mesmo com desafios como a enchente que afetou o Beira-Rio. Ele também ressaltou a recuperação estrutural e organizacional do clube: "Mudamos fluxos, comunicação interna e atividades, o que gerou resultados positivos e perspectivas para 2025."
Sobre contratações, o dirigente explica que o clube seguirá sendo criativo no mercado, buscando equilíbrio entre competitividade e responsabilidade financeira. "Estamos buscando alternativas criativas para todos os setores, considerando eventuais saídas. Não podemos ser agressivos financeiramente, mas queremos fortalecer o time", afirma.
No caso de possíveis saídas, como a de Vitão, Bisol admite que reposições à altura serão necessárias, mas enfatiza: "Não está no nosso horizonte perder o Vitão, contamos com ele para 2025." Já sobre Bernabei, há otimismo: "Temos alinhamento com o atleta e esperamos um desfecho positivo com o Celtic."
Para 2025, o foco inicial será o Gauchão, com esforço máximo desde o início. "Sabemos da importância histórica e do desejo da torcida por títulos. Vamos fazer todo o possível para ganhar", garante. Além disso, o clube busca equilíbrio entre as competições, com prioridade no planejamento estratégico para manter a competitividade.