A Comissão Nacional de Clubes deu início a um debate sobre a possível implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Em uma reunião realizada na segunda-feira na sede da CBF, no Rio de Janeiro, os primeiros passos para que essas medidas possam ser aplicadas a partir de 2025 foram discutidos, revela o GE. Embora ainda esteja em fase inicial, o tema começou a ganhar forma entre os representantes dos clubes.
Estiveram presentes na reunião dirigentes de Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Atlético-GO, Flamengo e Palmeiras, representando as 60 equipes que compõem as Séries A, B e C. Também participaram dois representantes da Série B e um da Série C.
Durante o encontro, que ocorrerá mensalmente na CBF, foram abordados tópicos como o calendário de competições, questões de arbitragem, além da análise da viabilidade de adotar o fair play financeiro no Brasil.
Os clubes decidiram marcar uma nova reunião, ainda sem data definida, para aprofundar o debate e discutir um modelo de implementação. Equipes como o Palmeiras já se mostraram favoráveis à adoção de regras de controle financeiro.
O interesse por esse tema aumentou devido às movimentações da janela de transferências e à necessidade de garantir a competitividade no futebol nacional, além de preocupações com clubes que estão endividados e não cumprem suas obrigações financeiras.
Outro ponto levantado foi a presença de clubes que fazem parte de grupos com donos, o que levanta questões sobre o respeito ao fair play financeiro, principalmente em relação às regras aplicadas na Europa. Se o debate avançar, a proposta será estendida a todas as equipes.
Anos atrás, o economista Cesar Grafietti foi contratado pela CBF para desenvolver um modelo de fair play financeiro no Brasil, tendo entregado o projeto. No entanto, a CBF nunca chegou a colocá-lo em prática.