Em crise financeira, o Inter informou nesta sexta-feira a demissão de mais 45 funcionários. O processo não é inédito. Ainda em abril, o clube se viu forçado a demitir 60 funcionários como uma das medidas de redução de gastos, após fechar 2020 com o maior déficit da história, na casa dos R$ 90 milhões.
Em maio do ano passado, já impactado pela recessão econômica causada pela pandemia do coronavírus, o Inter promoveu a saída de 44 profissionais. À época, a direção colocou como necessidade o corte de gastos na ordem de 30% em cada setor.
Além das demissões, o Inter renegociou contratos com fornecedores e cortou alguns projetos de longo prazo. Também reduziu em R$ 3 milhões a folha salarial no futebol.
Para minimizar o impacto, o clube projeta arrecadar R$ 90 milhões em negociações até o fim da temporada. Até o momento, conseguiu aproximadamente R$ 73 milhões.
A meta da direção com todas essas medidas é economizar até R$ 80 milhões até dezembro de 2022. Para o fim de 2021, o objetivo é zerar o déficit, que bateu na casa dos R$ 90 milhões em 2020.
Confira a íntegra da nota do Inter:
"Desde o início, a atual gestão colorada tem demonstrado, de forma transparente, sua preocupação com a realidade financeira do clube e com a necessidade de buscar maior eficiência administrativa e operacional.
Mas não basta reconhecer o problema, é preciso construir as soluções. Passo a passo, estamos realizando uma reestruturação administrativa, revisando processos, reavaliando fontes de receitas e fazendo os ajustes financeiros necessários para atender as necessidades da nossa estrutura, em todos os setores.
Nesta direção, o Sport Club Internacional comunica a implementação e acompanhamento, a partir de hoje, de uma nova série de medidas administrativas, tais como:
Revisão de todos os contratos com fornecedores estratégicos;
Desligamento de cerca de 45 colaboradores, de todas as áreas;
Reavaliação de rotinas, processos e sistemas;
Redução de gastos correntes não essenciais.
São decisões que tomamos hoje para construir um amanhã sólido, sustentável e vencedor para o clube. Porque se o presente é difícil, o futuro pode ser pior se não fizermos o que precisa ser feito agora.
Lembrando, sempre, que administramos em nome da torcida e é por ela, e para ela, que devemos gerir o Inter com responsabilidade, honestidade, amor e compromisso com o futuro do clube.
Giovane Zanardo
CEO do Sport Club Internacional"