Texto por Colaborador: Redação 20/02/2020 - 20:00

Confira um pequeno compilado sobre algumas opiniões da imprensa na sequência do empate sem gols em Ibagué, contra o Tolima, no duelo de ida da Fase 3 da Copa Libertadores 2020, na última quarta-feira (19/2). Com avaliações e pontos interessantes, diversos comentaristas encontraram explicações pelo rendimento em território colombiano, após nem dois meses de Eduardo Coudet no Beira-Rio:

GABRIEL CORRÊA - BAND-RS

O Inter de Eduardo Coudet está no meio do processo ainda. Consegue se postar no campo adversário e ter a posse de bola; ainda busca encaixar melhor os movimentos da pressão alta e - talvez o que tem sido difícil - entender os movimentos ofensivos para criar chances claras de gol.

As críticas para um trabalho com menos de dois meses é descabida. No fim, ninguém respeita processo - apesar de muitas reclamações sempre que um técnico é demitido. Vejam o caso de Tiago Nunes no Corinthians: assim como Coudet, ambos estão mudando um estilo e não há calma.

Não por acaso, no Brasil, 90% dos treinadores “joga por uma bola”. É obrigação vencer quarta e domingo sempre. Não há tempo para testes ou experimentos. Sem contar que tudo é baseado no gosto pessoal e os treinadores, que estão no dia a dia, sempre estão “errados”.

LELÊ - GAÚCHA ZH

Com total domínio do jogo, o Inter empatou com o Tolima e trouxe a decisão da vaga para o Beira-Rio. A postura defensiva foi ótima e o meio de campo soube controlar bem a bola, mesmo sem D'ale em boa parte do jogo. Só faltou o ataque funcionar. No final, quase funcionou.

Considerando que nunca um time brasileiro conseguiu marcar gol em Ibagué o resultado ficou de bom tamanho.

Desde já, a palavra que desejo enfatizar é paciência. Sei que é difícil pedir isso para a torcida, mas vou ter de ser insistente. Esta mudança de estilo proposta por Eduardo Coudet, infelizmente, não vai dar resultados a curto prazo.

GUSTAVO FOGAÇA - DAZN

Baixíssimo o nível técnico de Tolima x Inter. Balões, divididas, muitas bolas quebradas, muitos passes errados, erros básicos de fundamentos. Fazia tempo que não assistia um primeiro tempo com tantos erros técnicos e times taticamente desajustados. Gramado prejudica, mas aos dois. Inter pode jogar mais do que isso, já jogou no ano. Mas não tinha enfrentado um adversário tão físico ainda.

(após os 90 min) - Excelente resultado pro Inter, que praticamente GARANTE classificação.

Por que?

1) IMPOSSÍVEL Inter jogar pior que hoje
2) FAVORITO em casa
3) Tolima não tem qualidade técnica e tática pra jogar mais que isso

JUCA KFOURI - UOL

Tolima e Inter fizeram daqueles 0 a 0 rigorosamente sem emoções. Azar dos colombianos, bom para os brasileiros. Que cozinharam os rivais por 90 minutos para tudo se acabar na quarta-feira, no Beira-Rio.

Ficou muito claro desde o início que o Colorado não aceitaria pressão e não faria questão de pressionar. Eduardo Coudet valorizará o empate como fez contra La U. E contará com o apoio da massa para garantir uma vaga no grupo do Grêmio na Libertadores.

Só aos 90 minutos, com Boschilia de fora da área, o goleiro tolimense teve trabalho.

Porque futebol que é bom, nada! 

CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA

Inter passou o jogo inteiro naquele movimento sonolento de “U” em sua saída de bola. Até que alguém enchia o saco e dava um chutão. Um horror.

Atuação burocrática de um time que pode, deve e precisa jogar mais. Coudet tem muito que explicar.

Há uma boa vontade danada na aldeia com Musto. Sempre foi um cão de guarda, um limpa-trilhos à frente da área, mas nunca passou disso.

Aos esquecidos: o Inter já fazia saída de três há anos, com Dourado e, depois, Lindoso.

E Lindoso tem muito mais qualidade que o argentino.

Pela enésima vez: não é 3-5-2! Musto volta na saída de bola, que é uma (!) das fases do jogo. Se o Inter não consegue chegar na fase ofensiva é porque... a saída de bola não está funcionando!

O Inter ficou com a bola 65% do jogo, trocou 513 passes e conseguiu apenas uma finalização dentro da área do adversário.

A aberração desta estatística diz muito sobre a posse de bola estéril e a falta de criatividade do time em Ibagué.

Ontem, contra o Tolima, o Inter trocou 531 passes e ficou com a bola 65% do tempo. Mesmo assim, com tudo isso, conseguiu apenas uma (!) finalização de dentro da área do adversário.

LUCIANO PÉRICO - GAÚCHA ZH

Não tem explicação a titularidade de Bruno Fuchs no lugar de Moledo. O guri pouco tem agregando qualidade na saída de bola. Boschilia e Marcos Guilherme pouco construíram. Lindoso não foi bem. Segue a superposição com Musto.

Abandonado, Guerrero mais reclamou do que jogou futebol. Para chegar na fase de grupos, o Inter vai precisar jogar mais para conseguir uma vitória na próxima semana em Porto Alegre.

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