A história de Fabrício em 2024 é como um conto de fadas no futebol. Aos 38 anos, o goleiro fez sua estreia na elite do futebol brasileiro quando entrou em campo com a camisa Colorada.
O jogador passou quase 20 anos jogando por clubes do interior, disputando estaduais e divisões de acesso. Sua grande virada veio no Nova Iguaçu, onde brilhou no vice-campeonato carioca, atraindo o olhar do Inter.
Em entrevista ao GZH, ele contou um pouco como foi a sua passagem pelo Gigante da Beira-Rio
"Eu já estava satisfeito de ter fechado para o ano inteiro. Isso é uma segurança para nós, atletas" conta Fabrício, que ficou conhecido por ir de metrô ao Maracanã na final contra o Flamengo.
Com a lesão de Ivan e a necessidade de reforçar o gol devido às convocações de Rochet, o Inter buscava um goleiro para o elenco. Indicado por Andrezinho, então gerente do Nova Iguaçu, Fabrício foi contratado.
"Como tenho 38 anos, sei da dificuldade que é um clube gigantesco como o Inter em contratar um goleiro da minha idade, e ainda mais com um currículo só de equipes de menor expressão. Já estava feliz só por ser lembrado, mas não colocava muita fé que aconteceria.
Sua estreia pelo Inter foi em 4 de junho, na vitória por 2 a 0 contra o Tomayapo pela Copa Sul-Americana. Mais tarde, enfrentou o Delfín e, na sua primeira partida na Série A, diante do São Paulo, foi ovacionado.
"Saí de campo ovacionado pela torcida. Infelizmente não conquistamos três pontos, mas saí emocionado" recorda.
A consagração veio no Gre-Nal disputado no Couto Pereira, onde garantiu o gol inviolado na vitória por 1 a 0.
"Foi curioso, porque como moro em Curitiba, foi como jogar em casa. Conheço bem o estádio (Couto Pereira). Mas jogar um Gre-Nal, um campeonato à parte, foi especial. Ainda mais nessas situações" amplia.
A única frustração de Fabrício foi a saída. Com mudanças na gestão e na comissão técnica, perdeu espaço no elenco.
"Sabia do planejamento do clube para 2025, mas fiquei frustrado não por não permanecer. Vim pelas ausências dos atletas em 2024, mas acho que a forma da saída não foi conduzida da melhor maneira" revela.
Agora, Fabrício analisa propostas e celebra o reconhecimento.
"Recebi milhares de mensagens de agradecimento pelo que vivi no Inter, mas, na verdade, quem tem que agradecer sou eu, pela oportunidade e por tudo que a torcida fez por mim.