Imprensa aprova atuação em goleada sobre o Táchira: 'mostra evolução'

Texto por Colaborador: Redação 28/04/2021 - 19:00

Mesmo com o revés na altitude o Inter de Miguel Angel Ramirez anotou 15 gols nos últimos 4 jogos. Fácil? em anos anteriores essa marca jamais foi alcançada mesmo nos estaduais, deixando claro, para alguns, que em nem 50 dias de trabalho o "novo Inter" começa a dar sinais de evolução. A goleada sobre o Táchira foi nessa linha com a transição sendo um dos principais aspectos de melhora desde o dia 14/3, quando o espanhol estreou frente o Ypiranga. Confira o que as principais figuras da mídia postaram após o triunfo vermelho sobre os venezuelanos, pela Copa Libertadores 2021:

DIOGO OLIVIER - RBS

Tudo bem que o Táchira é fraco. Mas e daí? Era o adversário no caminho, e dessa vez sem altitude. O Inter poderia apenas ter vencido, mas sem convencer, como no Gauchão. Só que não. Fez ótima partida, dominante, 4 a 0 no placar e 10 a 1 em finalizações certas, incisivo e intenso mesmo jogando meia hora com um a menos, após a expulsão de Palácios.

Ramírez precisava de uma atuação assim, de gala. O Inter teve a paciência para abrir o placar aos 21 minutos, no cabeceio de Cuesta. Até ali, não tinha finalizado, mas não por jogar mal.

O gol de Patrick tem a assinatura de Ramírez: atrai o adversário, sai tocando desde o goleiro e, ao escapar do brete sem erro, abre o campo para Galhardo progredir. Patrick, pela esquerda, renasceu.

Talvez seja mesmo a ideia de que ele demora a engrenar em começo de ano. Não é ponteiro, mas não será o primeiro e nem último a ocupar o lado sem ser driblador veloz. Ressalvo apenas o contra-ataque inimigo.

O conceito ofensivo é mais arriscado, claro, então perder uma bola está na conta. Só que a temporização ainda não está ajustada. O Táchira conseguiu levar a bola até Lomba com certa facilidade, por vezes. Contra times fortes, é um perigo. A goleada com atuação de gala pode deixar o Inter na liderança do grupo, conforme o resultado de Olímpia x Always.

GABRIEL CORRÊA - BAND-RS

Vocês sabem qual a diferença do posicionamento do Patrick hoje para o começo da temporada? Nenhum. A questão é que o Inter tem conseguido achar mais situações de 1x1 e o Tachira tem dado espaços. O movimento da ponta pro meio (como no 1-0) não é nenhuma desobediência ao modelo.

E eu repito: não há diferença no posicionamento de Patrick com Miguel Angel Ramirez e Abel Braga. A questão é que com o espanhol ele tem menos atribuições na construção das jogadas. No mais, segue com a função da vitória pessoal pelos lados e, quando possível, buscar o meio.

ALEXANDRE ERNST - VOZES DO GIGANTE

Essa troca de passes mostra a evolução e o entendimento dos jogadores do jogo que Ramírez quer para o Inter. O goleiro pode - deve - ser um participante ativo do coletivo. Há alguns jogos, era uma válvula de escape para parar jogadas em passes sem sentido.

“Ah, mas quando pegar o Flamengo não vai ser essa barbada a saída de bola”... cara, só joga contra o Flamengo daqui uns dois meses.

A tendência é que Inter evolua o posicionamento, a saída de bola e o entendimento do jogo. Gente, essa forma de jogar tem, basicamente, UM MÊS!!!

MAURÍCIO SARAIVA - RBS

Vitória do tamanho que o momento merecia. Não importa a fragilidade do Táchira. Nesta hora, o combo resultado+desempenho era essencial e é o que está acontecendo. Galhardo e Patrick, os destaques.

FILIPE DUARTE - GZH

Substituições feitas pelo Ramírez devolveram o Inter ao jogo. Além de renovar o fôlego, jogadores que entraram se encaixaram no novo cenário com um jogador a menos, fechando espaço e contra-atacando. Inter muito superior ao Táchira do início ao fim

Adversário tinha fragilidades visíveis, mas Inter fez o que tinha de fazer: conquistar os 3pts e fazer saldo. Ainda por cima, Ramírez testou um novo sistema: 4-2-3-1. Só não deu pra colocar Taison, mas aí entra mais na conta de Palacios do que do treinador

MARINHO SALDANHA - UOL

É preciso citar, para início de conversa, uma evolução muito importante na saída de bola. O Inter já cresceu muito neste quesito, encaixa deslocamentos e acha o "homem livre" com grande facilidade. Como qualquer fase do jogo, eventualmente, há falhas. Mas o acerto é muito maior. 

Tal acerto gera um efeito-dominó de quebra da defesa adversária. E isso se reflete em chances e até gols. Basta ver o lance do gol de Patrick ontem. A jogada começa com Lomba, uma troca de passes da zaga, um lançamento em profundidade para Galhardo, e... acaba na rede.

Sempre dentro da dinâmica prevista, Dourado é um jogador que prefere se unir à zaga na saída, ao invés de dinamizar o processo. É diferente de Lindoso, que se posiciona à frente. Tanto que ontem, de novo, Edenilson fez o primeiro encaixe de saída eventualmente.

Até mesmo Marcelo Lomba está mais seguro com os pés. Achando passes simples, que deixam com os jogadores de linha a função de sair da pressão rival. Mas sendo alternativa de desafogo. Um ponto no triângulo de saída, uma alternativa viável.

Os laterais também já perceberam bem melhor que o lado oposto precisa fechar quando não está envolvido na jogada. E, principalmente, é preciso entender o extrema, que às vezes vai dar profundidade, e em outras amplitude. Os "grupos", os "contatos" em campo melhoram a cada jogo.

Thiago Galhardo é o titular no ataque, e isso é totalmente justificável. Ele é quem tem, dos atacantes do Inter, o melhor entendimento do jogo coletivo. É quem oferece a melhor sequência às jogadas. E ainda tem feito gol, e participações. Não há contestação possível em argumento.

O ímpeto por seguir marcando mesmo quando já está vencendo é algo que contempla um pedido antigo da torcida. Sobravam reclamações quando o Colorado marcava um gol e recuava para proteger o placar. Agora o Inter marca um, quer o segundo, o terceiro, o quarto...

O que me parece ainda requerer atenção é a transição defensiva. O Inter sofre ameaças em contra-ataques, e quando pegar um time de transição qualificada os encaixes entre a pressão pós-perda e a fase defensiva precisam estar firmes. Não para retomar, mas para retardar o rival.

Mas é evidente e inegável que a evolução acompanha o trabalho de Ramírez. E essa evolução não precisa levar em conta o adversário, ela é vista olhando o Inter em comparação com o próprio Inter. Seus movimentos são mais naturais, independente de quem estiver do outro lado do campo.

DIMITRI BARCELLOS - RÁDIO INFERNO

Agora tranquilo e com expediente encerrado: bela vitória do Inter. Dominou com naturalidade um adversário inferior tecnicamente, no (pra mim) jogo de melhor execução de ideia em campo. Passo a passo e demonstrando ímpeto, mesmo com vantagem já construída e expulsão no caminho.

RAFAEL DIVERIO - GAÚCHAZH

Cuesta fez ótima partida, pra mim, o destaque do jogo (e aí inclui-se o erro do final, que não virou gol, é preciso ter sorte tb).

O único porém foi o não-ingresso do Taison. Claro que o estádio vazio contribuiu para a escolha de Marcos Guilherme. Ficou para quarta.

Muita, muita diferença entre Inter e Táchira. Mas mesmo isso só rolou pq o Inter levou o jogo a sério desde o início, aproveitou as primeiras chances e foi organizado. Os dois centroavantes apareceram bem, apesar de considerar Yuri Alberto melhor pq quando entrou o time tinha 10.

CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA

Ótimo 1º tempo do Inter. Patrick faz diagonal e Moisés dá opção buscando o fundo. Ambos têm total vantagem sobre Pablo Camacho.

Interessante Maurício. Alinha com Edenílson na transição, mas se projeta como meia buscando combinação e aproveitar o espaço de Galhardo

Jogo seguro, com ótimas atuações de Patrick e Víctor Cuesta. Maurício funcionou como meia, avançado em relação a Edenílson e aproximando de Thiago Galhardo.

Melhor jogo de Patrick com Miguel Ángel Ramírez.

ANA THAIS - SPORTV

Vem falar mal do time do Inter aqui que eu mando meus capangas te pegar lá fora (risos) Falando sério, primeiro tempo perfeito contra o Tachira. Vamos ver onde vai chegar e como vai ser daqui pra frente.

FOOTURE FC

Atrair, desmarcar e criar igualdade ou superioridade numérica contra a linha defensiva adversária. Este é um dos objetivos das equipes que saem jogando desde trás e, muitas vezes, parecem “lentas”. Pode dar errado? Claro, mas também gera gols como esse.

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