Imprensa avalia vitória pela Libertadores: 'ainda falta malandragem"

Texto por Colaborador: Redação 17/09/2020 - 19:14

Jogando com 10 desfalques e ainda líder do Brasileirão e Libertadores, ainda assim, o rendimento de certos jogos tem gerado críticas - principalmente ao setor defensivo vermelho - pela imprensa após o Inter quase matar o seu torcedor de susto ao deixar escapar uma vantagem de 2-0 e 3-1. Um gol no finzinho de Boschilia, no entanto, garantiu o alívio colorado em confronto emocionante pela 3° rodada da fase de grupos da Libertadores. Confira o compilado com algumas avaliações sobre o jogo frente os colombianos:

GABRIEL CORRÊA - BAND-RS

Ter um zagueiro canhoto pelo lado esquerdo em times que gostam de sair jogando é fundamental. Para ter Moledo, Coudet obriga Zé Gabriel a atuar “torto” e isso prejudica no controle da bola — e, pelo que lembro, foi por isso que o técnico havia pedido Matheus Jussa.

LEONARDO MIRANDA - GE

Boschilia caiu como uma luva no modelo de jogo de Coudet.

Não é só pelos gols. Faz muitas infiltrações na área, por trás da linha defensiva, quando a jogada está com os laterais. Não cansa de marcar alto e pressionar na defesa.

Talento que um time bem treinado potencializa.

CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA

Jogo foi um com Abel Hernández e outro sem ele. O 1º tempo teve nítida imposição colorada em todos os aspectos.

A saída do uruguaio, o “apagar” de Nonato e a projeção das linhas do América mudaram o panorama do jogo.

Jogo sofrido, difícil.

RENATA FAN - BAND

Credo! Sofri hoje! Tá louco! Além da conta e do esperado! FINAL INTER 4x3 América de Cali! O importante é vencer! É Libertadores, é coração pesado, puro e vibrante! Um 1ºT muito bom e uma 2ª etapa bem inferior, mas pelo menos, venceu!

LEANDRO BEHS

Você pode até não gostar do trabalho de Chacho Coudet, mas... não lembro na história do Internacional liderar ao mesmo tempo Brasileirão e o seu grupo na Libertadores. Ademais, liderar com um elenco pequeno e com 10 baixas.

Agora... ainda falta ao @SCInternacional malandragem para saber matar um jogo em paz. Sem sofrer, sem angústias, e saber controlar os nervos em momentos cruciais.

Boschilia, 3 gols, é o terceiro artilheiro da Libertadores. Atrás de Martínez (Barcelona), com 8, e Luiz Adriano (sim, ele), com 4.

Uma questão a ser resolvida/solucionada no Inter: a camisa 1.

Inter não tem outro resultado a conquistar no Gre-Nal que não seja a vitória. Não somente (e é muito) para voltar a ganhar depois de 9 clássicos (!!), e dar fim a este ciclo (como foi em 2003). Mas, também, porque os dois jogos seguintes para fechar a Chave E serão fora de casa.

LELÊ - RBS

O Inter de Eduardo Coudet oscila. E muito. O primeiro tempo avassalador, que terminou com vantagem de 3 a 1, transformou-se em mais uma atuação lamentável como a do último domingo em Goiânia. E quase custou caro. Um jogo que parecia fácil no início acabou complicado por falhas no sistema defensivo.

O triunfo por 4 a 3 foi um resultado maravilhoso. Mas a assustadora queda de produção no segundo tempo precisa ser muito bem analisada internamente.

MAURÍCIO SARAIVA - GE - RBS

As 3 novidades do Inter deram ótima resposta no 3x1 do primeiro tempo. Uendel, Abel e Nonato parecem titulares. Ótimo trabalho ofensivo e só Zé Gabriel, deslocado pra esquerda, abaixo defensivamente.

Moisés nunca chegou a se adonar da lateral-esquerda. O primeiro tempo de Uendel abre de vez esta disputa. Abel é nove nove, da gema. Dois gols de pura centroavância.

Segundo tempo do Intervalo nega o primeiro...foi-se a intensidade e o trabalho de meio-campo, veio a marcação de longe e um festival de ligações diretas. Zé Gabriel caiu de produção demais. Dá passe como se tivesse inventado o passe. Abusa da confiança cedo demais na carreira. Joga mal outra vez.

Vitória colorada veio pelos pés de um destaque individual do time. Boschilia deu sorte no desvio do zagueiro. Primeiro tempo excelente, segundo tempo preocupante. Inter lidera a chave.

Muito tuíte entrando aqui falando de supostas falhas de Marcelo Lomba que eu não vi. Nenhum dos gols do América era defensável. Ainda fez duas grandes defesas.

Coudet vai precisar diagnosticar por que seu time faz um grande primeiro tempo e o mesmo time cai drasticamente depois do intervalo. Fez o mais importante o Inter com a vitória que, no conjunto da obra, mereceu.

Outra vez, D’Alessandro entrou e fez-se a luz da criatividade e do passe certo e vertical. O gringo ainda tem muito a dar ao Inter, como nesta noite.

DIMITRI BARCELLOS - RÁDIO INFERNO

Mudar o lado dos zagueiros não é coisa automática que nem no FIFA. O costume dos gestos técnicos está habituado a uma certa posição, seja para defender ou sair jogando. Zé Gabriel falhou e teve erros? Sim. Mas muita calma na avaliação.

Um exemplo que eu sempre pego para ilustrar isso é do próprio companheiro de zaga dele hoje. Em 2011, num jogo contra o Flamengo, o Moledo jogou pela esquerda. Numa tentativa de giro para sair jogando, se atrapalhou e deixou a bola no pé do Ronaldinho, que fez o gol.

Zé Gabriel não falhou e teve atuação ruim hoje por falta de qualidade. Pedir para um defensor jogar do lado contrário do que está habituado é um desafio e tanto. Outras leituras, outro posicionamento, outra exigência na saída de bola. Foi mal, mas o contexto teve papel nisto.

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