Texto por Colaborador: Redação 25/10/2021 - 16:31

O técnico Diego Aguirre - além de Taison, Edenílson e Patrick logo atrás - estiveram no "olho do furacão" após mais um tropeço colorado dentro do Beira-Rio. Somando apenas 2 pontos nos últimos 6 disputados frente rivais diretos pelo G6, para os cronistas gaúchos a questão é clara: o Inter é uma equipe sem ambição ofensiva, que prefere administrar o 1 a 0 em vez de tentar ganhar os jogos. Nesse ritmo, a pouca dinâmica ofensiva alvirrubra também foi lembrada, com Yuri Alberto parecendo jogar em um deserto. Confira as declarações pós empate em 2 a 2 entre Saci e Timão:

ROBERTO PAULETTI - BAND

"Eu não gostei do resultado. Eu tenho criticado o Aguirre e hoje não critiquei pelas modificações que ele fez, até porque ele tentou ganhar o jogo, com trocas para frente, mas o time não está acostumado a jogar da forma como eu gosto, de um time que tem espírito de vencdor. O Aguirre criou esse modelo com dois volantes, um deles o Lindoso, que hoje fez um gol, mas que nao contribui para o SCI nem ofensiva nem defensivamente. E o time se acostumou mal. Porque hoje quando o Aguirre tentou fazer o time ser mais ofensivo - por necessidade - porque ele teve condições de ganhar o jogo no segundo tempo, mas os seus armadores foram uma decepção. Patrick muito mal, Edenilson pouco contribuiu e o Taison é titular? sem dúvida, mas porque só tem ele, ele jogou mal de novo. O Taison fica devendo muito para o Internacional: ele pouco contribui, pouco participa do jogo. O Yuri Alberto precisa muito dele. O Yuri recebeu UMA bola no jogo todo e quase fez o gol.

O Inter usa pouco o centroavante, não tem jogadas laterais. Mas o Inter hoje deixou de ganhar no primeiro tempo quando o Corinthians estava desarrumado. Porque o Inter depende muito da individualiadade dos jogadores, não é uma mecânica que jogue para frente, que esmague o adversário quando ele está desorientado como o Corinthians estava. No 2° tempo o Corinthians corrigiu, e ai o Internacional fez água, começou a sofrer aquela avalanche de bola nos bons jogadores do Corinthians, e o Inter não soube escapar dessa armadilha. De novo faltou a presença do Taison, do Edenilson (que é um desperdício ir para a lateral direita) e o Aguirre deve estar comemorando e abraçando muito o Gustavo Maia, porque se ele não faz aquele golaço hoje a situação do Aguirre estaria muito preocupante e a torcida reagindo com uma estrondosa vaia.

O Inter tem problemas de ataque, falta um companheiro para o Yuri. E para terminar, que papelão do Patrick: o Internacional é o time mais indisciplinado do campeonato, alguma coisa está acontecendo lá dentro do Internacional.

O Inter tem que corrigir muita coisa para 2022. Fico sempre preocupado de fazer comparação com o time de fevereiro, vice-campeão brasileiro, mas o que falta para o SCI? falta treinador. O Aguirre é um treinador médio, que não passa emoção, que não desenvolve opções, o Inter só tem um esquema. Quando muda como fez hoje se atrapalha."

NANDO GROSS - YOUTUBE

"Pra mim tá muito claro que o Internacional para depois do primeiro gol. Não consigo entender isso, a falta de ambição. As trocas do Aguirre nunca é querendo ganhar o jogo, a não ser que ele esteja em desvantagem. Hoje se ele tinha que tirar o Dourado, quando está ganhando de 1 a 0, tenta definir o jogo, tenta fazer o segundo, então aquela troca pelo Johnny tu não mexe taticamente, mas tecnicamente tu perde. Coloca o Maurício com o Edenilson no meio. Não bota o Johnny. Aguirre só faz trocas ofensivas pensando em fazer gol depois que ele sofre a virada ou o empate. Ai ele começa a mudar, empilha atacantes.

Pra mim o Inter tem um grupo que poderia jogar mais. Sei que tem deficiências, carências, mas a falta de ambição não se admite. Um time que faz um gol e morre de medo de fazer o segundo? a mesma coisa que aconteceu contra o Bragantino. O Inter não ganhou de adversários diretos por falta de ambição de querer ganhar o jogo. A hora de se acalmar é depois de ter o jogo definido, não se administra 1 a 0. Agora começar o seguindo tempo administrando o 1 a 0 é pedir para não ganhar o jogo né."

MAURÍCIO SARAIVA - GE

O golaço de Gustavo Maia valeu como redução de danos para o Inter, que agora fecha 3 jogos sem vitória, 2 deles no Beira-Rio e ainda assim se mantém no G. O fato é que o time de Aguirre tá jogando pouco futebol.

O time com mais expulsões e até bem pouco tempo com menos dribles no campeonato está até bem colocado no momento se comparado a outros grandes em dificuldade. Mas o Inter repete erros que perenizam sua condição de time médio em 2021.

Para o elenco que tem, ainda que longe da qualidade dos milionários Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras, o time de Aguirre deveria estar jogando melhor futebol. E por mais tempo. Ontem, contra o Corinthians, jogou mal o primeiro tempo depois de fazer 1x0. Retrancou-se. Na segunda etapa, perdeu competitividade de novo e levou a virada, sendo salvo pelo inusitado Gustavo Maia, cujo valor é evidente a cada vez que entra, embora esteja no fim da fila por razões que só o treinador pode esclarecer.

Edenilson jogou pouco de novo, Patrick se desconcentrou, o time retrocede o passe em número demasiado com o alegado intuito de abrir espaço no time contrário, o que não acontece porque o passe para trás mantém a marcação do rival encaixada só esperando o que será feito dos defensores com a bola, se balão ou passe paralelo ao gol.

Com tudo isso, sejamos justos, o Inter está à beira do G de Libertadores e longe do Z-4, do qual chegou a estar próximo. Não é pouca coisa, também não é muita se for avaliado o desempenho apenas mediano do Inter, que jogou menos do que o Bragantino e do que o Corinthians no Beira-Rio e deixou quatro pontos em casa para adversários diretos. A leitura, cada um faz do seu jeito e com seu olhar particular. Eu não brigo com os fatos. O Inter não está mal colocado na tabela, certo. O Inter está jogando pouca bola. Ponto.

DIMITRI BARCELLOS - FOOTURE

Parei pra ver Inter x Corinthians e:

1) Se o comportamento predominante do Inter é de recompor as linhas após perder a bola e não pressionar, precisa melhorar muito a organização neste retorno pro campo defensivo. A linha de meio-campo demora um ABSURDO pra voltar.

De novo se viu a linha defensiva sobrecarregada nas subidas adversárias por causa desta descompactação, com um espaço enorme entre os dois setores pra se trabalhar a bola. E isso é um alerta já de tempos.

2) O Taison vem abaixo do que pode mostrar há uns jogos. Mesmo assim, a diferença que faz em uma única jogada é tremenda. O primeiro gol sai muito graças à movimentação dele, infiltrando na área. Clareou todo o lance se colocando como opção pra receber o passe do Dourado.

3) O Inter tem mostrado uma capacidade interessante de construção ofensiva explorando os diferentes corredores do campo. Nas últimas rodadas, conseguiu marcar gols em jogadas muito bem trabalhadas e mostrando lucidez pra organizar as investidas. Mas é bizarro como o campo parece que inclina pro lado esquerdo quando o time fica sob pressão pra buscar a frente. Some o raciocínio e o Inter fica quase num piloto automático soltando bola pro corredor canhoto. E aí é bola pra área até não dar mais. Até por isso que se cobra incansavelmente a presença de um jogador de pé trocado por aquele lado, pra dar uma alternativa de jogada que não seja chegar na linha de fundo. E o Gustavo Maia não poderia ter dado exemplo mais prático.

CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA

Jogo com boas alternativas no Beira-Rio. Quando Sylvinho deslocou Róger Guedes para a esquerda e avançou Renato Augusto para falso 9, ganhou terreno nas linhas defensivas coloradas.

Destaque para o golaço sensacional de Gustavo Maia.

MARINHO SALDANHA - UOL

Vou escrever aqui algo que eu escrevi depois do jogo com Atlético Goianiense e depois do jogo contra o Ceará: A mecânica coletiva ofensiva do Inter é bem ruim, e isso prejudica o individual. Quando aqui se diz que todos são ruins, é porque, principalmente, o coletivo não vai bem.

Pela segunda vez consecutiva, o Inter sai na frente e "aceita" o placar mínimo. E novamente sofreu o gol. Contra o Bragantino foi no último minuto, contra o Corinthians foi antes, mas o ambiente vivido é idêntico.

Moisés é forte como um touro, corre como uma lebre, tem a forma física de um maratonista.... As demais características deixo com vocês...

A arte de 'amornar' o jogo em ação no Beira-Rio. Não pelo anti-jogo, não com ações que parem a partida. Mas com trocas de passes de manutenção, com ações de segurança...

O jogo sem a bola e mais posicionado deixa o Inter confortável. Mas lembremos que o time estava confortável até os 94 minutos da partida contra o Red Bull Bragantino. E ali deixou 2 pontos pelo caminho.

Esse papo de "grupo fraco mentalmente" é muito estranho. Quando ganha, ninguém fala isso... Eu não gosto de colocar a "culpa" em coisas impossíveis de medir, coisas subjetivas, coisas que qualquer opinião pode estar certa ou errada...

O "grupo fraco mentalmente" é a gourmetização do "faltou garra", a explicação mais antiga e recorrente quando o objetivo não é alcançado...

Vamos ao bingo de hoje:
- Grupo fraco mentalmente
- Falta de vontade
- Goleiro azarado
- "Perdedores"...

@viniciusof - ESPN

Era óbvio que o Inter ia tomar gol do Giuliano. Mais uma atuação fraca do Inter, que tem uma dificuldade colossal de se impor contra adversários de mesmo porte.

É fraquinho esse time do Inter, pelo amor. Basicamente um time fechado que espera uma ou duas bolas pra decidir o jogo. Coletivamente é paupérrimo.

JUCA KFOURI - UOL

Pelo Brasileirão, 27 empates, 24 vitórias alvinegras e 16 coloradas, antes do jogo de hoje.

Na história, 36 empates, 32 triunfos paulistas, 23 gaúchos.

Hoje não foi diferente no clássico que virou rivalidade virulenta em 2005, quando a arbitragem prejudicou o Inter no Pacaembu, ao não dar pênalti do goleiro Fábio Costa em Tinga e ainda expulsar o atacante por simulação ao lhe dar o segundo cartão amarelo. O jogo acabou 1 a 1, resultado decisivo para o título corintiano e o vice colorado.

Antes, os dois haviam decidido o Brasileirão de 1976, vitória colorada por 2 a 0 no Beira-Rio e bi do Inter.

Depois, decidiram a Copa do Brasil de 2009 e o Corinthians venceu.

Mais recentemente, no último Brasileirão, o 0 a 0 em Porto Alegre tirou o título perseguido desde 1979 pelos gaúchos, em grande atuação de Cássio e do VAR — que desmarcou, corretamente, um pênalti e anulou dois gols por impedimento, tudo a favor do Inter, o segundo dos gols, aos 51 minutos do segundo tempo, do ex-corintiano Edenilson.

Hoje ambos entraram em campo de olho na Libertadores, com os mesmos 40 pontos, o Inter em sexto e o Corinthians em sétimo lugares.

E depois de grande defesa de Cássio, o Inter, melhor em campo, fez 1 a 0, aos 8 minutos, com Lindoso e sentou na vantagem diante do visitante tímido e inofensivo.

Ninguém queria empatar, mas acabou bom para os dois ou, ao menos, justo, porque o Corinthians não merecia vencer e nem o Inter perder.

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