Texto por Colaborador: Redação 08/07/2021 - 17:18

 O desastre coletivo e a aproximação com o Z4 não passaram despercebido logo após a risível atuação colorada na derrota por 2 a 0 para o São Paulo, no Beira-Rio. Recebendo um rival que não vencia hora a 11 partidas e com treinador fora por 15 dias (devido à Covid), o SCI afundou por 90 minutos de maneira assustadora. Os comentaristas identificaram inumeros problemas, com as escolhas de Diego Aguirre e a dupla de zaga no olho do furacão. Confira alguns dos principais trechos:

ROBERTO PAULETTI - YOUTUBE

Triste pelo desempenho medíocre do Inter que frustra qualquer expectativa do torcedor de ter orgulho do seu time. Eu atribui isso a uma questão muito simples: o Internacional foi destruído de fevereiro até aqui com mas escolhas da diretoria, com cabide de emprego que virou a diretoria, que escolheu um treinador completamente sem condições, o Ramirez, e agora bota outro que é decepcionante pessoal. Eu tinha uma boa lembrança em 2015 do Aguirre, mas depois ele foi muito mal depois no Atlético-MG, SP e eu estou entendo porquê. O Aguirre ate pode vir a melhorar mas até agora ele é medíocre.


Um treinador que está ganhando do Corinthians e entrega o jogo com mas substituições e que insiste hoje com Dourado e Johnny, e na entrevista coletiva ele elogia o Johnny, ou seja, ele não está enxergando o jogo. O PH e o Lucas Ribeiro são ruins e eles não tem culpa por serem ruins, errado é quem escala. Porque não tentar o Dourado ali?. E o treinador não está enxergando isso? O Internacional hoje é um descalabro da diretoria até o vestiário, com essas atuações medíocres a ponto de não ter um chute no 2T inteiro contra o SP. Um time mal escalado e mal mexido. Assim é impossível tu ganhares o jogo. E o Lindoso resume essa desorganização: ele não teria o contrato renovado e foi colocado em campo para somar sua 7 partida, ou seja, não pode mais ser negociado. Quem coloca o Lindoso para ganhar o jogo quando esta perdendo o jogo quando está perdendo por 2 a 0? só alguém que não enxerga o futebol. É o caso do Aguirre. A entrevista do Aguirre hoje foi medíocre. Ele disse que está triste, quem está triste é o torcedor. O Aguirre vai colocar o Internacional na zona do rebaixamento desse jeito, escalando e trocando mal.

THIAGO SUMAN - RÁDIO INFERNO

A luta do Inter é para chegar heroicamente na Sul-Americana. Time naufragou no Gauchão, na Copa do Brasil e passou instável pelo grupo mais fácil da Libertadores. Não inspira. Não luta. Não vence. Não emplaca. Não dá esperança. Não perde indignado. Apenas perde. Corpo sem alma.

DIMITRI BARCELLOS - RÁDIO INFERNO

Poucas vezes vi um jogo tão ruim de uma dupla de zaga. Não só no Inter, em qualquer clube. Não é exagero.

16ª posição é Goethe deste jeito.

É Boschilia e mais ninguém no meio. Inadmissível Johnny e Dourado seguirem juntos em campo a essa altura.

O Lindoso entrou ainda com a braçadeira de capitão, cara. O Inter é um arremedo.

2 a 0 pro São Paulo com gosto de goleada PRO INTER, porque poderia ter sido uma sacola histórica.

Ou a direção se dá conta de uma vez que mudança precisa acontecer de cima pra baixo, ou o boi se vai com as cordas. E tá indo.

O Inter parece cada vez mais à deriva. João Patrício Herrmann é um fantasma. Barcellos não demonstra pulso pra cobrar o próprio vice de futebol e muito menos o elenco, fora o fato de ter chutado pro espaço boa parte das propostas da eleição no primeiro momento conturbado.

Além de tudo, é surreal como o Inter faz a confiança do torcedor ir pro porão que tem no fundo do poço num Grenal onde o rival tá na lanterna do campeonato, sem vencer um mísero jogo. É um nível de perversidade sem igual.

@viniciusof - ESPN

Entendo que esse é um jogo atípico pelo desfalque dos dois melhores jogadores (Edenilson e Taison), mas o Inter precisa ser realista e parar de alimentar a falsa expectativa de que vai disputar alguma coisa. O Inter de 2021 precisa ser um Inter de sobrevivência.

Há duas semanas tavam dizendo que o problema do Inter era o Edenilson. Sem ele hoje foi esse filme de terror. O Internacional não pode se desfazer de ninguém. Não tem elenco em qualidade e número.

E o pior: percebo que rupturas no modelo de clube estão sendo feitas, mas ficam à sombra das escolhas abruptas e idealistas no futebol. Não dá pra romper a cultura futebolística antes de se reorganizar como clube. Não no Brasil.

Pra mim está aqui o grande erro da gestão Barcellos. Falar em ruptura no modelo de futebol. Alimentou uma falsa expectativa na torcida e não atacou a verdadeira ruptura necessária que era no modelo de clube. O futebol é a ponta do iceberg. É a consequência de todo processo.

FILIPE DUARTE - GZH

São Paulo abre o placar no Beira-Rio com 2min de jogo após erro na saída de bola de Bruno Mendez que, em sua estreia pelo Inter, atua improvisado na lateral direita. Aguirre chamou a responsabilidade pra si nesta escalação.

Não acho o São Paulo um mau time e atual posição não condiz com a capacidade mostrada pelo trabalho do Crespo, mas 15min iniciais do Inter são estarrecedores. Time de Aguirre não passa do meio-campo e, mesmo assim, zagueiros estão levando bolas nas costas a todo momento.

Inter salvo duas vezes pelo VAR, porque a defesa faz água a todo momento, jogando em linhas altas e marcando espaçado. Aguirre precisa mexer no time ainda no 1°T. Pode ser 3 zagueiros mesmo! Só puxar B.Mendez pra linha de L.Ribeiro e P. Henrique, abrindo Caio Vidal como ala.

Terrível atuação da defesa colorada neste 1°T. Inter poderia estar sendo goleado pelo São Paulo em pleno Beira-Rio. Aguirre é obrigado a mexer no time durante o intervalo! 

Aguirre desfez sua própria invenção: tirou L.Ribeiro, colocou Saravia na lateral e baixou Bruno Mendez pra zaga. Inter segue no 4-1-4-1

Gre-Nal de sábado promete. A fase dos dois times é tenebrosa. Ainda assim, vejo no Grêmio jogadores com maior capacidade técnica pra, num lance de individualidade, desequilibrar. No Inter, não.

Já escrevi há alguns dias, mas vou repetir: Inter não tem extremas e nem zagueiros confiáveis, portanto, neste momento, não vejo outro sistema que torne o time mais equilibrado do que o 3-5-2 ou 3-4-2-1

MAURÍCIO SARAIVA - GE

Um Diego Aguirre de semblante fechado, por vezes cabisbaixo e sem esboçar reações, acompanha os minutos finais da derrota do Inter por 2 a 0 para o São Paulo quase imóvel na área técnica. Apenas sua cabeça e seus olhos se mexem para acompanhar o vai e vem da bola em campo, salvo as vezes em que ele levava a mão aos cabelos e fitava o chão, desconsolado.

A cena é um retrato do que o treinador via diante de si no gramado do Beira-Rio na quarta-feira. Na noite em que o Colorado chegou a oito jogos seguidos sem vitórias em casa graças àquela que foi a pior atuação da equipe no ano. E em muito tempo.

Tanto que nem mesmo o treinador encontrou palavras para atenuar o desempenho de seus atletas. Na entrevista coletiva após a partida, Aguirre flutuou entre a tristeza e a preocupação ao analisar o Inter.

O Inter fez um primeiro tempo em que escapou de ser goleado, mesmo que tenha levado perigo duas vezes. A segunda etapa não foi lá muito melhor.

Sem Edenílson e Víctor Cuesta, suspensos, Aguirre preservou Saravia e se obrigou a fazer improvisações pela quinta vez em cinco jogos. O técnico promoveu a estreia do zagueiro Bruno Méndez como lateral-direito e escalou a dupla de zaga com Pedro Henrique e Lucas Ribeiro.

O 4-1-4-1 armado pelo técnico tinha Johnny como meia ao lado de Mauricio e podia até jogar a Olimpíada. Patrick era o jogador mais velho, com 28 anos, e a média de idade era de pouco mais de 22 anos.

O sistema defensivo levou exatos 121 segundos para vazar. Méndez perdeu a bola no meio-campo. Rigoni foi acionado em profundidade, ganhou de Pedro Henrique na velocidade e ainda driblou Daniel antes de completar para o gol.

O argentino entrou na área do Inter como quis. Um prenúncio de uma cena que se repetiu durante todo o primeiro tempo. Não é exagero dizer que o assistente Rodrigo Figueiredo Henrique Correa e o VAR foram os melhores "defensores" da equipe: anularam dois gols marcados pelo São Paulo.

Pedro Henrique e Lucas Ribeiro viveram atuações desastrosas, com insegurança nas jogadas por baixo e também na bola aérea, além de erros de passes de poucos metros. Mas a verdade é que os dois pagaram também pelo modelo de jogo.

Aguirre armou o Inter para pressionar a defesa do São Paulo na saída de bola. Este sistema deu certo duas vezes, ambas na primeira etapa e com passes de Patrick para Caio Vidal. O atacante perdeu as duas únicas chances da equipe no jogo todo.

Mas o efeito colateral da marcação alta foi bem mais perverso e frequente. Com as linhas adiantadas, a equipe deixava a defesa exposta. Se a pressão não funcionava, os atacantes do São Paulo saíam no mano a mano com os defensores. E isso aconteceu bastante, quase sempre com perigo.

Ainda na primeira etapa, Aguirre mandou todos os reservas para o aquecimento. Um sintoma evidente de que a escalação não deu certo. Não foi surpresa, portanto, que a equipe tenha voltado do intervalo com Saravia no lugar de Lucas Ribeiro.

Mas nem deu tempo de a mudança surtir efeito. Logo aos 8 minutos, o Inter foi castigado uma vez mais pela bola aérea. Dessa vez, em um golaço de Igor Gomes. A partir daí, os 40 minutos restantes foram mero protocolo.

Aguirre fez trocas que não mudaram em nada o jogo: Patrick por Palacios, Yuri Alberto por Thiago Galhardo e (especialmente) Rodrigo Dourado por Rodrigo Lindoso. Um Inter sem reação ficou exatamente assim, sem levar perigo algum ao São Paulo.

Uma atuação desses moldes às vésperas de um clássico levou a discursos preocupados e cobranças após a partida. Especialmente porque a equipe tem apenas uma vitória em cinco jogos com Aguirre.

ALEXANDRE ERNST - VOZES DO GIGANTE

Lindoso foi capitão do Inter quando substituiu Dourado porque não teve UM JOGADOR SEQUER com cabelo no peito para TIRAR A FAIXA do cara e chamar para si a responsabilidade do jogo. Naquele momento, era GALHARDO quem deveria assumir a bronca. Mas era o Beira-Rio. Não o Terraville

RAFAEL DIVERIO - GAÚCHAZH

Inter viveu seu pior primeiro tempo em 2021. Toda a defesa naufragou. Caio Vidal perdeu duas chances imperdoáveis. Johnny nem parece que está em campo. Yuri está lutando sozinho. Patrick, ao menos, tentou. Dourado é o único que tem atuação digna (repito: digna, nada mais).

Ah, como aparentemente tenho que falar sobre os demais times (espero que só do RS), lamento dizer:

Grêmio e Juventude também são. Mas em casos diferentes: Ju já fez boas partidas, Grêmio ao menos tem uma mudança, em busca de uma conjunção astral.

O Inter me parece parado.

JB FILHO - BLOG 

Aguirre começa errando na escalação. Parece que eu tô repetindo coisas, mas é o mesmo erro. Ele inventa coisas que não tem menor sentido. Primeiro colocando Bruno Méndez, zagueiro de origem, na lateral-direita. O cara já não é um zagueiro afirmado, vai pra ala como se fosse solução. Depois, ainda tem o Johnny na do Edenilson. Característica completamente diferente. Seria muito mais um Nonato ali. Mais próximo em característica pelo menos. Todo mundo sabe que o time ficaria lento.

Só não foi uma goleada porque eles tiveram dois gols anulados. A zaga não se encontrou. Essa linha com Bruno improvisado, Lucas Ribeiro, Pedro Henrique e Paulo Victor não tinha muitas perspectivas de dar certo. Dois chegaram nos últimos dias, Lucas tá em má fase e Pedro Henrique tá dando seus primeiros passos no profissional.

Como defender que o Johnny siga com Lindoso tendo Nonato, Lucas Ramos, Cuesta e Vinicius Mello no banco, sem sequer ganhar chance.

Bom, o único que precisa ser elogiado foi Dourado. Ele fez seu jogo. É o dono do meio quando está em campo. E só. Só ele eu consigo elogiar.

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