Durante a coletiva de lançamento do projeto "Jogando Junto – Pela Reconstrução do RS" na terça-feira, os presidentes do Grêmio, Alberto Guerra, e do Inter, Alessandro Barcellos, discutiram a colaboração entre os clubes em meio aos desafios enfrentados. Eles mencionaram a possibilidade de compartilhamento de CTs e estádios nos próximos meses, um cenário já cogitado internamente e divulgado pelo Correio do Povo (via Fabricio Falkowski).
Ambos os estádios, Arena e Beira-Rio, assim como os centros de treinamento Luiz Carvalho e Parque Gigante, enfrentaram alagamentos. Atualmente, a Arena do Grêmio ainda possui água no gramado. O tempo necessário para a recuperação dessas instalações varia: o Beira-Rio foi menos afetado e teve seus danos minimizados, enquanto o CT do Grêmio pode estar operacional antes do CT do Inter.
Nesse contexto, os presidentes sinalizaram a possibilidade de uso conjunto das estruturas. Guerra mencionou que, até o momento, não houve negociações específicas, mas a cooperação é uma possibilidade, já que ambos os clubes estão reavaliando suas instalações e ainda não têm uma previsão clara de quando poderão retomar suas atividades normais.
Os estragos no Gigante foram importantes, mas são muito menores do que na Arena (que segue sob a água). Inter calcula que poderá jogar em casa em algum momento de julho. E pode até ceder o estádio ao rival histórico.
Barcellos reforçou essa visão ao destacar a incerteza sobre o calendário futuro e a necessidade de adaptação: "Tudo é possível. Estamos dialogando intensamente sobre o momento que todos estamos vivendo. O que afeta o Inter, também afeta o Grêmio, pois o contexto do futebol brasileiro é o mesmo".