Em entrevistas a diversas rádios da capital (como Guaíba e Band) na quinta-feira (15), Magrão, ex-jogador e atual gerente esportivo do Inter, falou sobre seu retorno ao Beira-Rio em um novo cargo, além do momento do clube e suas primeiras impressões do vestiário. Confira os principais trechos:
Nova função: "O grupo me aceitou muito bem. Nosso grupo é muito bom, jogadores de qualidade e experiência. No futebol quando você é verdadeiro e transparente, tudo corre em tranquilidade. Fui muito bem recebido (...) Como gerente esportivo eu preciso estar junto da diretoria para tomada de algumas decisões e também fazer esse elo com o vestiário. Acabo atuando ativamente nos dois ambientes (...) Eu não vim para cumprir tabela. Quem faz parte da instituição, tem que pensar grande. Eu vejo a entrega dos jogadores. As vezes, os resultados não vem. Não pode faltar entrega. E isso não falta (...) Toda vez que eu passava na frente do Beira-Rio eu falava para minha esposa que um dia eu ia voltar. Até me emociono. A família faz parte de tudo, o apoio deles é o que me motiva. O Inter é nossa casa."
"Eu sabia da identificação do torcedor comigo, mas não imaginava que era tanta. Voltar para tua casa e sentir essa recepção é muito bom. Eu só voltei por ser o Inter, por estar voltando para casa (...) Estou em outro momento de vida... Hoje eu prezo muito pela minha estabilidade familiar, não abro mão disso. Eu não trocaria o Inter, aqui eu tenho respaldo e o carinho da torcida faz parte disso."
"Quando ele (Alessandro Barcellos) assume, faz uma ligação falando que queria conversar comigo e eu falei 'presidente, não tem como eu conversar contigo porque estou de de mudança para o Rio em um trabalho com um pessoal de fora'. O presidente deixou bem claro para mim que a gente vai qualificar (o grupo), claro que respeitando as questões do mercado. Apesar de eu estar há três semanas aqui, acho que o grupo tem sangue o olho, tem vontade de ser campeão (...) acho que esse grupo está preparado para ganhar títulos."
Problemas identificados: "Muitos falavam da condição da parte física, ela vem muito ligada à parte anímica do time. Eu chego nesse processo de retomada, não para ser salvador da pátria, até porque eu não jogo mais (...) Ele (Mano) consegue nessa parada dar uma carga a mais, fazer alguns ajustes. Acho que vai ser importante não só para o Inter, mas para todos os times (...) O que eu tento passar é um pouco de experiência. Eles (jogadores) sabem que eu estou junto, eu estou ali e, mesmo não estando em campo eu sou mais um torcendo, dando energia positiva. A opinião externa tem seu valor, (quem faz) está no seu direito, mas eu enquanto jogador e dirigente tenho que ser mais racional."
Momento do Inter: "Eu também passei por momentos difíceis na minha carreira. Quando você está num clube grande como o Inter, é natural oscilações. A retomada é mérito dos atletas."
Chegada de Valencia: "Brigamos com grandes equipes do mundo pelo Valencia. Estamos sempre atentos ao mercado. A gente vai potencializar o máximo o nosso plantel. Todo mundo ganha com isso."