Confira um compilado com as principais declarações do técnico Mano Menezes após o duelo diante do CAS (2x1) desta terã-feira (11), em partida pela 3° Fase da Copa do Brasil:
Atuação e vitória: "Construímos uma vantagem em um jogo de mata-mata. Na nossa avaliação, tínhamos condições de entregar um jogo melhor. O jogo era para ter começado com tranquilidade. Perdemos o pênalti e sofremos o gol logo em seguida. Era tudo o que não devia acontecer em um jogo dentro da nossa casa depois da eliminação no Gauchão (...) Perdemos o controle do jogo. Não pressionamos. Muita ligação direta. Os últimos minutos do 1º tempo foram muito ruins”.
"Claro que isso (pênalti perdido + gol do CSA) ia criar um ambiente pesado. O torcedor iria, com razão, reclamar da equipe, da gente. Isso aconteceu. Demoramos um pouquinho a ter lucidez. Sempre que tivemos lucidez chegamos bem na frente."
"No intervalo, fizemos uma alteração. O Baralhas estava com cartão amarelo. Se não tivesse, não seria ele a sair. Mudamos a forma de jogar, com Renê por dentro e Vitão marcando o extrema deles. As coisas melhoraram. Tivemos capacidade de vencer, mas não ter feito o terceiro gol deixou o jogo vivo. Poderíamos ter sofrido o empate se o Keiller não tivesse feito uma defesa extraordinária".
“A diferença técnica entre as equipes permitia uma escalação com três atacantes. Temos que ajustar o acabamento das jogadas. O treinador procura escolher aquilo que dá mais benefício pra equipe. Achamos que a diferença das duas equipes permitia a ambição de colocar três jogadores na frente. Tivemos boas jogadas pelos dois lados e agora temos que arrumar o acabamento dessa jogada (...) Pode ser (formação repetida em outros jogos). Ela entregou as duas coisas que poderia entregar. Uma jogada mais aguda no ataque, com um controle menor no meio-campo. Ao colocar três jogadores na frente da linha da bola, se estabelece uma distância maior nas linhas do time. Quando a bola caía no meio, sofríamos um pouco maus. Quando se tem dois meias, na construção das jogadas, a bola sai mais limpa. O treinador procura escalar o que dá mais benefício para a equipe."
"O fato de não ter feito o terceiro gol deixou o jogo sempre vivo, e poderíamos ter sofrido o gol de empate se o Keiller não fizesse aquela defesa extraordinária. Nesses aspectos, o jogo escapa do controle".
"Existem momentos no futebol que isso acontece. As coisas não andam, parece que nada tá certo. Temos que ter maturidade pra passar por isso, a vitória de hoje ajuda, mas vamos pra casa sabendo que podíamos ter feito um jogo melhor (...) Não vamos pra casa sem ter a consciência de que poderíamos ter feito um jogo melhor, ter construído uma vantagem melhor (...) Mantendo tranquilidade, tendo uma boa dose de humildade, nós podemos sem dúvida nenhuma começar a caminhar numa reestruturação da equipe."
"A gente já fez algumas alterações na estrutura durante o Gauchão, colocamos o Pedro Henrique no ataque, melhoramos a transição. Eu entendo que o torcedor não esteja gostando, precisamos entregar mais para a torcida.”
Sobre as vaias para ele no Beira-Rio: "Eu tenho ouvido bastante coisa sobre meu trabalho. Até mesmo algumas campanhas para que outros nomes sejam analisados. Me incomoda que não estamos conseguindo entregar e entendo a reação da torcida. Até acho que não foi a primeira vez. Também não vai ser a última vez. Quem ocupa o cargo que eu ocupo sabe que isso faz parte do futebol. Não podemos cobrar o torcedor. Temos que entregar mais para o torcedor. Primeiro precisamos entregar, depois cobrar."
"Quando estávamos jogando bem no ano passado, não tínhamos problema de ambiente e questão técnica com os jogadores. O ano mudou e as coisas mudam pra todo mundo".
"Me incomoda que a equipe não esteja entregando aquilo que acho que pode entregar. Penso que o torcedor poderia fazer algumas avaliações mais racionais, alguns treinadores passaram e não conseguiram entregar títulos, e eles têm diversos perfis e modos de jogar. Então, acho que o torcedor poderia pensar que talvez esteja na hora de abraçar mais a gente. Pois estamos precisando dele."
Se o grupo é suficiente: "A gente nunca vai chegar aqui e falar mal do nosso grupo. Não tem sentido. É uma burrice sem tamanho. Semana passada eu vi um treinador fazer isso, até bem famoso na praça, e estão discutindo se fica ou se não fica. Quando eu cheguei aqui, tiramos 15 jogadores do elenco, porque não tínhamos condição de trabalhar com um número tão alto. Muitos dos nomes que procuramos e iniciamos negociação, também não foram pra outras equipes, preferiram ficar na Europa. Nós trabalhamos muito nos últimos meses, e isso talvez irrite um pouco o torcedor, porque eu fiquei ao lado da direção pra trabalhar na na busca de um caminho diferente dos últimos anos. É claro que esperávamos jogadores mais formados, mais indiscutíveis, e trabalhamos para isso, mas não foi possível. O presidente escolheu a linha de responsabilidade e eu estou ao lado dessa direção, porque penso igual."
"Estamos há 10 meses com invencibilidade no Beira-Rio. Isso nos dá alento pra acreditar que no Brasileirão teremos bom desempenho. É outro jogo, outra característica, outro futebol, e esse futebol, a gente jogou bem (2022). O parâmetro que temos é o ano passado. Contra times que estavam na frente da tabela, tivemos desempenho superior à todos os outros. Sempre que enfrentamos o G6, tivemos campanha superior".