A maior goleada do Inter na história da Copa Libertadores veio sob a tutela de Miguel Angel Ramires em nem dois meses de trabalho. Aplicando uma surra sem dó em um ex-rival traumático para os colorados na Libertadores, mais importante, no entanto, foi ter assumindo o topo do Grupo B com uma "gordura" no saldo de gols. Confira o que se disse na grande mídia após o confronto pela 3° rodada:
MARINHO SALDANHA - UOL
Como disse Ramírez na coletiva, tirando-se da conta jogos em condições adversas que não dizem respeito ao jogo propriamente dito, como altitude e um gramado bem inferior, o Inter mantém um nível bem alto de rendimento e resultado. A evolução está aí. Basta olhar para ver.
Galhardo é um jogador de QI altíssimo. Um centroavante muito inteligente para ocupar o espaço, para tramar coletivamente. Talvez por sua formação como meia. No modelo de jogo atual, tal visão de lugares a pisar será sempre valorizada e premiada com chances de conclusão. Merece muitos elogios. Na minha opinião, o segundo melhor em campo. Não apenas pelos dois gols que fez, o último um golaço, mas pelo que mostrou para o futuro. E isso é o mais importante.
Marcos Guilherme, como opção do treinador, teve presença justificada pelo trabalho sem a bola, pela contribuição tática. Errou muitos lances individuais. Não foi mal coletivamente. Um sistema bom, um coletivo forte, sustenta até quem não vem bem. Foi o caso dele.
Lomba errou DUAS saídas. Acertou, pela minha contagem, 12. Não se deixe marcar pelo erro. Um passe errado do goleiro não pode ser diferente dos demais, apesar de ser em outra região do campo. Falhas acontecem, mas o sistema está muito melhor.
O encaixe ofensivo do Inter é fluido, os jogadores entenderam o modelo, as transições estão boas. O time foi seguro, controlou o jogo, mereceu vencer, e fazer o placar que fez. É verdade, também, que o Olimpia não é grande rival. Até por isso foi goleado.
Nesta @ aqui nunca houve qualquer dúvida sobre o que Taison podia apresentar no Inter. Por isso, não há surpresa. É outro nível de jogador. Tudo parece fácil no pé dele, toda jogada tem fim positivo.
DIOGO OLIVIER - RBS
O Olimpia não é mais aquele grande do continente, mas ainda é um tricampeão da Libertadores. O placar de 6 a 1 é incontestável. Os números do jogo, mais ainda: 14 finalizações, sendo 10 no alvo. O Olimpia só concluiu uma vez, em seu gol de pênalti.
A boa notícia é que a vitória veio da maneira que o técnico Miguel Ángel Ramírez projeta para o seu Inter, com posse de bola e ofensividade sem sofrer na defesa. O nome do jogo foi Taison. Ele atuou por dentro, como meia-esquerda. Para quem estava tanto tempo sem jogar, surpreendeu. Quando a bola chegou a seus pés, sempre houve aceleração, toques de primeira e objetividade. É como se o time viesse com a terceira marcha, mas engatasse quarta e quinta a partir dele.
Só para Marcos Guilherme, ele deu dois gols feitos, desperdiçados pelo atacante, o único que não teve boa atuação, sobretudo ofensivamente. Outros jogadores foram bem. Mauricio, aberto pela esquerda, competiu. O desafio do Inter é se aproximar mais de atuações assim.
CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA
Passeio colorado. Time de Miguel Ramírez envolveu os paraguaios com troca de passes, bola parada, transições, infiltrações e ultrapassagens.
Inter foi incisivo o tempo toro. Físico, agressivo, intenso. Goleada histórica no Beira-Rio.
FILIPE DUARTE - GZH
Na minha opinião, 2 jogadores do Inter destoaram negativamente no 1°T. Um é unânime: M.Guilherme. Atacante que não é agudo e não consegue finalizar de dentro da área é insuficiente. O outro foi Galhardo que, como centroavante, precisa ser mais terminal, dar menos toques na bola.
Olimpia é frágil? Claro! Mas não tire os méritos do Inter que se impôs com posse, abriu o placar na bola parada e, no 2°T, usou da marcação alta pra ampliar e da transição rápida pra aplicar a maior goleada de sua história na Libertadores. Ramírez e os colorados dormirão felizes
LEONARDO OLIVEIRA - RBS
Aos poucos, com o tempo que o futebol exige, o Inter de Miguel Ángel Ramírez vai melhorando suas feições e apresentando performance. Nesta quarta-feira (5), com um estreante Taison de meia e como capitão, a equipe gaúcha amassou o Olimpia com um 6 a 1.
É verdade, o Rey de Copas paraguaio é hoje uma camisa pesada à procura de um time. Mas, contra adversários assim, o que se deve fazer é justamente isso que o Inter fez: controlar as ações, desmontá-lo com transições rápidas e empurrá-lo contra o seu gol até que ele ceda.
A noite de goleada foi também aquela em que os colorados mostraram o maior repertório. Articularam desde a defesa, aceleraram, principalmente com Taison, a partir da intermediária, marcaram alto e roubaram a bola próximo do gol, tiveram variações nas construções pelos lados e esfarelaram a estratégia do técnico Sérgio Ortemann, de fechar caminhos e especular em contra-ataques rápidos.
MAURÍCIO SARAIVA - RBS
Vitória do Inter sobre o Olímpia teve de novo resultado e performance com inegável acréscimo técnico de Taison acertadamente colocado por dentro. Classificação encaminhada e evolução retomada. Juventude sábado será um grande teste.
DIMITRI BARCELLOS - RÁDIO INFERNO
O Inter tocou SEIS no OLÍMPIA na LIBERTADORES e o Juventude no Gauchão, bem possivelmente com um time misto escalado pelo Ramírez, é que vai ser grande teste. Querem me enlouquecer.
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