Texto por Colaborador: Redação 15/03/2021 - 11:11

O Inter sofreu para bater o Ypiranga na estreia do grupo principal já com os conceitos do técnico Miguel Angel Ramirez, pela 4° rodada do Gauchão. Apresentando dificuldades naturais pelo pouquíssimo tempo de treinamento sob o comando do espanhol, alguns comentaristas avaliaram os 90 minutos da equipe tática e individualmente, sobretudo criticando figurinhas "carimbadas" da última temporada. Confira algumas opiniões:

MAURÍCIO SARAIVA - RBS

Erros individuais de Rodinei e Zé Gabriel não são novidade. Testá-los mais Marcos Guilherme é direito de Ramírez, mas as respostas até agora são parecidas com as anteriores.

Vitória colorada com alta dificuldade imposta pelo Ypiranga, o que é elogio ao time de Erechim. A ideia francamente ofensiva de Ramirez pode assustar, mas é um belo sopro de novidade no cenário do futebol brasileiro. 

Miguel Ramírez pode atrasar seu trabalho se insistir em apostas vencidas. Tanto mais veloz será o encaixe do time quanto mais rápido acerte a escolha das peças. Guerrero voltou e põe autoridade na posição de centroavante.

FILIPE DUARTE - GZH

Depois de um início bem ruim, Inter conseguiu a virada quando Ypiranga cansou e quando fez trocas, alterando posicionamento de Edenilson, por exemplo. 2ºT muito próximo do que foi a Era Coudet, com muita intensidade e chegada em bloco à área adversária

GABRIEL CORRÊA - BAND-RS

Com uma semana de trabalho, acabei focando mais no posicionamento do Inter no momento de construção e, hoje, já foi possível observar algumas coisas: laterais mais próximos do centro, os extremas bem abertos gerando amplitude e os meias internos perto do centroavante.

Acredito que Ramírez irá variar — assim como fez no Del Valle — com os laterais podendo ser, praticamente, pontas na fase ofensiva e os extremas estarem nas entrelinhas. Ou, até mesmo, variações dependendo do lado. Enfim.

A questão que fica, pra mim, foi o momento que Praxedes foi recuar para buscar a bola e se ouviu um "fica ai". É a prova que, com uma semana de trabalho, não se mudam estímulos nos jogadores. Com o tempo, tudo fica mais normalizado e, até alguns erros vistos hoje, tendem a parar.

MARINHO SALDANHA - UOL

Hoje, com 4 treinos, os jogadores não tinham claro a quem procurar, em que zona deviam colocar a bola e quando deveriam se apresentar como ligação para saída. Por isso tantos erros no começo das jogadas.

O "homem livre" é quem irá receber a bola. Não basta o jogador que está de posse e pressionado saber "onde procurar" um companheiro. Este companheiro precisa saber que é ele a buscar a bola. Isso é modelo, é tempo, é treino.

Martín Anselmi, explicou claramente os erros de saída como reflexo do novo modelo. "Quando um jogador é pressionado, ele tem que ter uma interpretação de quem é o homem livre, baseado na zona do campo em que está. E este homem livre tem que interpretar que ele receberá a bola"

Não vejo destaques individuais no Inter hoje. O time foi todo aquém do que pode dar individualmente. Algo totalmente compreensível pelo regresso do recesso. É óbvio que alguns jogadores foram piores que outros. Mas uma avaliação mais dura hoje seria garantia de erro.

Importante sublinhar que a comissão técnica explicou a razão pela qual Edenilson começou o jogo como primeiro volante. Lindoso não tinha condições para 90 minutos e Dourado tem um desconforto. Dentre todos, Edenilson era quem melhor suportaria a posição, na avaliação da comissão.

ALEXANDRE ERNST - VOZES DO GIGANTE

Inter jogou o tempo todo para a frente e Miguel Ángel não fez uma troca que fosse absurda ao longo da partida (o que seria normal para quem recém chegou). Também não teve receio de mudar seu conceito inicial para liberar Edenilson para o jogo. Time cresceu com Caio e Patrick.

O Inter que eu gostaria de ver a partir dos reforços: Lomba, Saravia, Moledo, Cuesta, Moisés; Dourado, Edenilson, Patrick; Taison, Yuri e Guerrero.

DIMITRI BARCELLOS - RÁDIO INFERNO

Primeiro tempo em que deu pra ver o novo e o velho no Beira-Rio: um Inter organizado de modo coerente com as ideias de Miguel Ángel Ramírez pela primeira vez, ao mesmo tempo em que individualidades demonstraram erros técnicos já bem usuais.

Resultado para os mais exaltados poderem ter um sono tranquilo. Mais do que os 4 a 2, um bom jogo pra observar o primeiro esboço das ideias de Miguel Ángel Ramírez e avaliar os pontos que precisam ser aprimorados com maior foco. No mais, aquela palavrinha de sempre: calma.

HILTOR MOMBACH - CP

Volta Abel.
Volta para dizer ao treinador Miguel Ángel Ramírez que Zé Gabriel não está pronto para ser o parceiro de Cuesta, que Edenílson tem que jogar como segundo homem do meio com liberdade para ser o terceiro homem e que Marcos Guilherme nunca deu conta do recado.
Ou o time vai ser aquele desastre do primeiro tempo contra o Ypiranga.

Danilo Fernandes, Zé Gabriel e Moisés fizeram tanta força para entregar a rapadura que conseguiram.

Obviamente Ramírez está iniciando uma caminhada. Os 4 a 2 portanto devem ser avaliados pontualmente.

O Inter não teve o ímpeto do time de Coudet nem os cuidados defensivos daquele de Abel.

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