Mídia avalia triunfo no clássico 434: 'Aguirre ensinou como se ganha GreNal... Inter tem todo direito de zoar'

Texto por Colaborador: Redação 07/11/2021 - 21:00

O GreNal 434 do último sábado pode ser considerado um dos clássicos mais tensos dos últimos anos. De um lado, um Grêmio afundado no Z4, tentava evitar a todo custo ser enterrado pelo maior rival, do outro, o SCI precisava virar a gangorra de uma vez por todas, após um retrospecto terrível desde 2017 contra a equipe do Humaitá. E após 90 minutos sem grande futebol mas de um duelo emocionante, felizmente foi o lado vermelho que soltou o grito de alegria, depois de aguentar calado zoações e provocações do "Imortal". Com Aguirre vencendo mais um duelo no maior derby nacional, confira o que de principal se disse pela crônica esportiva: 

ROBERTO PAULETII

"Bom GreNal, movimentado, onde não se pode reclamar da falta de empenho de nenhum dos dois times. Grêmio visivelmente se demoliu no aspecto físico no primeiro tempo, que tentou, fez de tudo. Agora o time do SCI está melhor estruturado, mais inteiro. Se tivesse um parceiro ao lado do Yuri Alberto, outro atacante, provavelmente no lugar do Patrick, o Inter poderia ter ganho com mais facilidade. Várias vezes as jogadas de contra-ataque surgiram mas elas não resultaram, porque o Yuri estava encaixotado na zaga gremista. Moisés fez um partidaço, o Lomba fez uma ótima partida, gostei muito do meio do Internacional para frente. Edenilson para mim foi o melhor em campo. Taison foi razoável mas fez o gol. Yuri lutou muito, mas jogou bem na frente também, segurou, não teve medo mas não teve oportunidade de gol. O Internacional jogou melhor no computo geral e teve o jogo sempre a sua disposição. O Mancini mexeu muito mal. Aliás nem teria saído com essa escalação. O Mancini repetiu o óbvio, os erros, ele que havia dito que chegou para fazer coisas diferentes. O Grêmio caiu né. O Dênis fez o que tem que fazer, mas alguém acredita que o Grêmio vai ganhar 6 partidas em 9 com esse tipo de futebol?

E esse negócio de expulsar o Patrick, bobagem né! Deixa o cara brincar, se divertir. O Rafinha já fez isso e não teve toda essa repercussão, agora torcedor do Inter tem mais é que curtir, se divertir, zoar! O SCI foi muito zoado e tem todo o direito de tirar seu sarro, se divertir."

DIOGO OLIVIER - RBS

O Inter soube jogar e ganhar o Gre-Nal em tudo. As chances do Grêmio foram aleatórias, no chuveirinho. Com um pouco mais de apuro no contra-ataque, ao seu estilo, o Inter poderia ter feito mais do que 1 a 0. Lomba, Edenilson, Taison e Bruno Mendez foram destaques.

Quem provoca diz que o futebol está chato. Quem é alvo acusa falta de respeito. SEMPRE assim. O Grêmio (jogadores) canta minuto de silêncio “para o Inter morto” há anos. Claro que ia engasgar, assim como a valsa de Sasha engasgou, antes. Não termina nunca. Dá nisso. Ridículo.

Briga em Gre-Nal, desse jeito, é sempre ridículo. Se o Grêmio (atletas) não tivesse insistido no minuto de silêncio, Patrick não teria devolvido a provocação. É simples. O que não pode é achar bacana quando é a seu favor e fazer beicinho quando é contra. Vale para os DOIS lados.

DIMITRI BARCELLOS - FOOTURE

Tirando o Saravia no primeiro tempo, foi um JOGAÇO de todo mundo em campo. Talvez a partida em que o time mais se entregou e manteve o foco ao longo dos 90 minutos em 2021, junto com os 4 a 0 contra o Flamengo.

Diria que foi o melhor clássico que vi o Dourado fazer em toda passagem dele no Inter. Lindoso foi preciso em todas as ações. Moisés e Patrick brigaram bem por todas as bolas. Lomba (graças a deus calou minha boca) salvou bolas importantíssimas. Os contestados foram muito bem.

Hoje, Diego Aguirre tomará uma boa garrafa de vinho escorado no piano que supostamente estava nas costas do Inter. A desfrutar.

CARLOS GUIMARÃES - R. GUAÍBA

Inter foi com a formação certa e fez seu jogo, que não é brilhante, mas é muito funcional, especialmente nessas jogadas de transição. Na minha opinião, o melhor em campo foi Rodrigo Lindoso, que fez uma das suas melhores partidas da vida.

Sobre o Grêmio: de novo, as escolhas. Ideia de três volantes era pra dar solidez e Grêmio entregou todo o meio pra transição do Inter. Thiago Santos não sustenta nada, só em tese. Vanderson reserva é um absurdo gigantesco. Foi principalmente por escolhas.

Outro erro do Mancini: em boa parte do primeiro tempo, ele inverteu os pontas. Era pra ter mantido o DC na esquerda sempre, o tempo todo, forçando jogo ali. Essa era a chance do Grêmio, quando ainda estava 0x0 e quando Saravia ainda estava em campo.

Não achei um jogo ruim, achei bem concentrado, focado, nervoso, como imaginei que seria.

NANDO GROSS - YOUTUBE

O Aguirre ensinou especiamlente os treinadores anteriores (e claro que não para o Abel) dele, especialmente o Ramirez, Coudet, que não entendiam o que significa e como se joga o GreNal, que tinham o discurso de que o GreNal é só mais um jogo, que não temos que nos preocupar. Falavam, acreditavam nisso, os jogadores aceitavam a tese e perdiam. O Coudet perdeu quatro e empatou dois. E olha que o time dele chegou a ser líder do Brasileirão, era um time qualificado, não ganhou um de seis. Após o jogo a diretoria elogiou o departamento de futebol pelo fato de darem um tratamento grandioso e diferenciado ao GreNal, e estão certos. O Aguirre disse que só sabe jogar GreNal assim, como final. É isso, pra mim o Aguirre ensinando como se joga o clássico: não é um jogo como nenhum outro aqui no RS. O Inter tratou como jogo especial, se entregou como jogo especial e ganhou. Deu a lógica porque o Internacional hoje é melhor que o Grêmio, mais estruturado. O Coudet em outras vezes estava assim também e perdia, porque não se entendia como se joga um GreNal. É um jogo diferente e tem que ser tratado dessa forma.

MAURO CEZAR - UOL

Provocação é do futebol, o politicamente correto cada vez mais insuportável. Regras para comemorações e limites estabelecidos sabe-se lá com quais critérios para as provocações.

CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA

Inter se mostrou um time mais forte, agressivo e melhor distribuído. No coletivo, muito mais consistente e lúcido.

Grêmio viveu seus melhores momentos com Douglas Costa em cima de Saravia. Quando entrou Mercado, a vantagem se desfez.

Inter vibra como se fosse um título. E é compreensível! Durante anos, os colorados tiveram de aguentar “minutos de silêncio” e outras cornetas (válidas).

Agora, é a vez da flauta trocar de lado. É do jogo e assim é o futebol.

RAFAEL DIVERIO - GAÚCHAZH

Inter, na minha análise, foi superior e fez por merecer a vitória no Gre-Nal. Criou mais no primeiro tempo e deixou até de ampliar.

No segundo, a entrada de Mercado limitou a única jogada de perigo do Grêmio. Que ainda assim até chegou perto de empatar.

Entre os colorados, destaque para Edenilson, Lindoso, Patrick, Moisés e, claro, Lomba. Yuri na prateleira seguinte, com Bruno Méndez e Mercado. E Taison? Quando brilha a estrela, fica difícil avaliar apenas tecnicamente.

No Grêmio, que, de novo não jogou tão mal, o que é meio inacreditável dada a sequência de derrotas, Douglas Costa fez quase tudo no primeiro tempo. Villasanti se doou bastante, Geromel idem.

FILIPE DUARTE - GZH

Gre-Nal decidido nos detalhes. Inter não foi brilhante, mas fez jogo estratégico, mordendo muito na marcação e saindo em escapadas. No Grêmio, Mancini demorou demais pra desmanchar o trio de volantes e, quando time criou chances, Lomba evitou empate. 

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