No Couto Pereira, o Clube do Povo contou com gol de Vitão para bater o Grêmio por 1 a 0 e chegar aos 17 pontos na tabela do Brasileirão. A vitória, terceira consecutiva conquistada pelo Inter no maior clássico do país, integrou a 11ª rodada nacional, e foi intensamente festejada por dois mil colorados e coloradas que fizeram o Couto Pereira viver uma noite de Beira-Rio! Após o triunfo, confira um compilado com as principais reações da imprensa especializada:
VAGNER MARTINS - GZH
A comemoração dos jogadores do Inter ao término do Gre-Nal se justifica, pois o gosto da vitória contra o rival é diferente. Esse gostinho, em especial no clássico 442, teve um temperinho extra: ganhamos e afundamos eles na zona de rebaixamento. É cedo para falar em queda do rival? Não sei. Mas deixa eles lá!
A vitória não é obra do acaso. Coudet escalou certo, preocupou o Grêmio com Wanderson e Wesley nas pontas e Alan Patrick por dentro. O camisa 10 estava descontado após a parada por lesão. Mas o lance do gol é dele, pois causou problemas na coluna de Carballo antes de chutar no lance que acabou com o gol da vitória, após cabeçada de Vitão e desvio de Gustavo Martins.
Coudet não teve vergonha em se fechar, colocou todos os zagueiros e volantes possíveis, montou um ferrolho e esperou o apito final para vibrar na frente da torcida colorada, que calou a maioria silenciosa no Couto Pereira.
NANDO ROCHA - @NandoJRocha
Gosto de time que propõe o jogo e busca o gol mesmo ganhando, mas acho que aquele jogo contra o Fluminense no ano passado deixou uma lição pro Coudet. Se ele precisa, invoca o time argentino encardido que tira o ritmo do jogo e não tem mais bola pra ninguém. Ta nem aí pra conceito.
DIOGO OLIVIER - GZH
Diferença entre um time e outro é enorme e ficou evidente no Gre-Nal deste sábado, disputado no Couto Pereira
Não foi um Gre-Nal de bom futebol, o primeiro fora do RS em 115 anos. Não tinha como, nessa loucura de jogos a cada três dias, sem casa e muitos desfalques. Inter e Grêmio foram bravos. Lutaram, sem violência ou anti-jogo. Deram dignidade ao clássico.
O Inter venceu com justiça por 1 a 0 por uma razão cristalina: tem elenco para suportar tantos jogos em sequência, enquanto o Grêmio não. Além do gol contra de Gustavo Nunes, o Colorado acertou duas bolas na trave de Marchesin. Finalizou mais. Produziu mais.
No geral, muitos erros de passe, tabelas incompletas e decisões erradas. Mas o elenco definiu.
A diferença é enorme. O Inter vai trocando peças e a qualidade se mantém. O Grêmio, ao contrário, não conseguia melhorar com quem vinha do banco. Coudet acertou ao manter os dois ponteiros e um centroavante, em vez de dois atacantes por dentro. Deu um passo atrás. Não quis a tanto a bola. Mudou sua estratégia e, com inteligência, está sobrevivendo bem assim até a chegada de todas as peças.
O Inter está no G-6 com dois jogos a menos porque sobra elenco. Simples assim.
LUCAS MELLO - CP
O Grêmio terminou com Rodrigo Ely de centroavante.
É o retrato da bagunça que é o time. Sexta derrota consecutiva no Brasileirão. A chance de cair é real.
O Inter, por mais que não esteja no melhor momento, foi o time mais equilibrado no Gre-Nal 442. Criou as melhores chances e venceu.
Coudet, que foi tão criticado na primeira passagem por não ter ganhado clássicos, chegou ao terceiro triunfo seguido.
RODRIGO COUTINHO - GE
Times mexidos por lesões e negociações recentes. Titulares disputando a Copa América. E uma insana maratona física e mental nas últimas semanas. Se alguém esperava um Grenal próximo do que as equipes podem apresentar originalmente, certamente desconsiderou todo o contexto negativo. O Inter teve mais méritos para superar esses obstáculos. Vitão fez o gol da vitória magra na 2ª etapa.
O nível do duelo entre os rivais gaúchos em Curitiba não se explica somente por isso. Mas a sequencia pesada de oito jogos em 24 e 25 dias para Inter e Grêmio respectivamente, somada ao período sem treinar e jogar regularmente durante a tragédia climática no Rio Grande do Sul, teve muita influência.
O Grêmio teve a bola no campo de ataque novamente na maior parte do tempo até o fim do jogo, mas sem ter criatividade. Se resumiu a alçar bolas na área. Tanto que Renato queimou a última substituição tricolor para que o zagueiro Rodrigo Ely pudesse entrar como centroavante. Não funcionou. O Imortal segue na zona de rebaixamento, mas tem dois jogos a menos que a maioria das outras equipes.
Já o Colorado, que ainda botou duas bolas na trave em contragolpes nos últimos minutos e comprovou novamente ter um elenco mais farto tecnicamente, venceu o terceiro Grenal consecutivo e pode terminar a rodada dentro do G6, mesmo com dois jogos a menos que vários outros times.
MARINHO SALDANHA - UOL
Em outros tempos, a bola daria no rosto do jogador do Grêmio, na trave, e sairia. Em outros tempos, quem levava o gol 'estranho' éramos nós. Isso é motivo o suficiente para estarmos acima do FELIZ. Bom sábado pra vocês... Cantem comigo, vocês sabem!
LUÍS FELIPE DOS SANTOS - GZH
Coudet precisava muito de mais essa vitória. Ela demonstra o tamanho da superioridade do grupo do Inter sobre o Grêmio, mas também evidencia que o clube é capaz de superar os desfalques e o nomadismo das várias partidas fora de casa.
Não deu para amassar o rival. Isso fica para depois. Mas Gre-Nal, mais do que se joga, se vence. Coudet entendeu isso, como mostra a sua fala depois da coletiva. Fechou a casinha quando tinha que fechar, amorcegou o jogo quando o Grêmio mais precisava acelerar.
O gol foi um dos mais feios da história dos Gre-Nais? Não interessa. É um gol do Inter, em um Gre-Nal, e isso é sempre lindo.
CRISTIANO MUNARI - GZH
O jogo foi de poucas chances para os dois lados e teve uma vitória colorada, em dia no qual o técnico argentino mostrou seu lado pragmático. Conhecido pelo perfil ofensivo, Coudet adotou o pragmatismo para conquistar sua terceira vitória seguida em Gre-Nais.
A vitória no Gre-Nal 442 foi mesmo do Inter. Eduardo Coudet, conhecido por ser um treinador ofensivo, mostrou seu lado pragmático e empilhou defensores para proteger sua área e segurar o 1 a 0. Agora são três vitórias seguidas de Chacho em Gre-Nais, justamente o clássico que havia sido o calcanhar de Aquiles de sua primeira passagem pelo Beira-Rio.
CESAR CIDADE DIAS - GZH