Texto por Colaborador: Redação 24/08/2020 - 01:00

Foram poucas as críticas para o Inter mesmo atuando de maneira diferente do habitual na vitória de 1 a 0 sobre o Atlético-MG, no último sábado (22). Após um início avassalador, os elogios a Eduardo Coudet e suas estratégias de "controle" sobre o time de Jorge Sampaoli foram bastante evidentes: quando necessário, o Inter saberá se defender pois é assim que se vence diante de elencos superiores . Confira abaixo o compilado com as avaliações da imprensa pós-jogo:

GABRIEL CORRÊA - BAND-RS

Repito o que disse nos microfones da Band-RS: não é surpresa Coudet recuar na necessidade de vitórias — ou contra times melhores. Os conceitos seguem lá, mas basta observar que a posse do Atlético-MG teve, de fato, duas chances de gol. No mais, ótimo trabalho defensivo.

CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA

Bom 1º tempo de Inter 1x0 Atlético-MG no Beira-Rio. Jogo de pressão, de intensidade, de tomada de decisão rápida. Galo tem a bola, mas não consegue criar. Inter tem a reação rápida, mas é inviável manter aquele ritmo alucinante por 90 minutos.

Saravia, segundo o SofaScoreBR, é o jogador com mais desarmes no Campeonato Brasileiro. Neste 1º tempo, chamou atenção sua superioridade sobre Keno. Atlético-MG forçou muito mais o jogo pelo seu lado e pouco acionou Marrony nas costas de Moisés.

Pontos importantíssimos para o Inter. Pressão do Galo e jogo em altíssima intensidade fizeram com que Coudet mudasse as características do time para uma adaptação às necessidades. Sampaoli mexeu bem, mas Coudet foi inteligente nas respostas.

Busca pela intensidade fez de Inter x Atlético-MG um jogo que exigiu decisões rápidas, sem tempo para pensar. Coudet e Sampaoli fizeram um duelo interessante, de pensamento, execução, trocas de estratégia e esquema. Um tentando pegar o outro no contrapé.

VINÍCIUS FERNANDES - FOOTURE

Inter competiu. Não foi aquele Inter que nos acostumamos a ver com o Coudet, mas jogou contra um dos 4 (ou 5) times que são individualmente melhores que ele no Campeonato. Se aproveitou do gol no início e baixou a linha. Lomba pouco trabalhou.

Outra: o Coudet por vezes fazia isso em alguns jogos do Argentino. Ano passado assisti um Boca vs. Racing que ele marcou no começo do jogo e iniciou o segundo tempo com linha de 5. Terminou o jogo com menos posse. Ou seja: não é novidade na carreira do cara.

Depois do jogo eu fui me informar e descobri que ele fazia corriqueiramente isso em jogos decisivos com vantagem no placar. Quase sempre colocava um zagueiro e jogava em linha de 5.

Inter não precisava de velocidade, precisava de retenção. E não é um diagnóstico só meu, foi dito pelo treinador na coletiva. Entrada do D’Alessandro foi efetiva e deu o respiro necessário pro momento.

RAFAEL DIVERIO - GAÚCHAZH

Achei estranhas as trocas de Musto e D'Alessandro nos momentos em que entraram, mas a partir deles, Inter passou menos trabalho pra resistir ao Atlético-MG.

No pragmatismo, Coudet abocanhou três pontos importantes. E o jogo deixou claro que time precisa de reforços.

Depois de 20 minutos em rotação altíssima e marcação sufocante (que gerou o gol), Inter não conseguiu encontrar alternativas para administrar o jogo quando o ritmo, inevitavelmente, baixou.

Mas nos outros 28 minutos, resistiu bem, dentro do possível. Lomba mal trabalhou.

MAURÍCIO SARAIVA - GR

Se Coudet foi contratado para revolucionar, não foi assim que o Inter ganhou do Atlético-MG. A vitória é mais importante do que tudo quando se enfrenta um concorrente direto ao título, combinemos, mas foi com base em atuações perto da perfeição de Zé Gabriel e Cuesta, mais um time todo montado pra defender no segundo tempo que o Inter conquistou os 3 pontos.

Especialmente depois da entrada de Musto no lugar de Marcos Guilherme – opção equivocada de Coudet no início –, o Inter não ofereceu perigo algum ao Atlético-MG. Defendeu-se com competência e entrega dos jogadores.

Patrick foi o melhor em campo, Thiago Galhardo também jogou ótima partida. O Inter venceu nos moldes de Odair Hellmann, o que não invalida a vitória no Beira-Rio. Apenas faço o registro por uma questão de justiça ao técnico anterior.

Escalar Musto com Lindoso é convidar o adversário a acampar na sua intermediária. O contragolpe não tinha como sair, quem o faria? Como não sou comentarista de resultado, preciso dar o devido valor à enorme vitória contra rival tão forte e, ao mesmo tempo, dizer que o Inter que ganhou foi tanto ou mais reativo do que o do ano passado.

Jogou pouco, não teve a bola e, quando entrou Musto, nem quis mais tê-la. Também se ganha assim, como não? É diferente do pretendido e às vezes executado, mas pragmatismo faz parte da vida adulta e Coudet foi pragmático raiz na fria noite de sábado no Beira-Rio.

 

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