Alguns jornalistas comentaram mais um tropeço colorado em casa. Após somar 4 pontos (de 6) longe de Porto Alegre, o SCI manteve a seca em seu estádio, completando quase dois meses sem vencer no Gigante. O Inter nunca ficou tanto tempo sem obter vitória no Beira-Rio de 2001 para cá, mas o duelo desta quarta-feira irritou ainda mais pelo contexto particular: atuando contra 10 jogadores em quase todo o segundo tempo, a esquadra vermelha sofreu inúmeros contra-ataques paulistas e, em um deles, veio o novo tropeço. Confira algumas avaliações:
LELE - GZH
Em seu teste mais difícil até agora, Aguirre viu, na prática, a instabilidade do grupo colorado. Errando na escalação com um time excessivamente cauteloso que respeitou demais o Palmeiras, que levou gol em quase todos jogos desse Brasileirão, foram 24 minutos em que, simplesmente, não demos um único chute a gol. Enquanto isso, o Palmeiras abriu o placar e, nitidamente, tirou o pé, tamanha era a falta de agressividade do Inter. A tentativa de proteger mais a zaga com Johnny e Dourado — abdicando de um articulador — não deu certo.
Ao contrário da conversa no vestiário durante o intervalo. Parecia outro time no segundo tempo, indo para cima desde o início e transformando isso em gol. Melhor: ficou com um a mais. Foram mais de 30 minutos com superioridade numérica, precisando de apenas um gol para dar o grande salto na tabela e acabar com essa “nhaca” de não vencer no Beira-Rio. Mas, de novo, esse grupo não consegue.
GUERRINHA - GZH
Nada fora da curva em Porto Alegre nesta quarta-feira (30). Com uma defesa que faz água por cima e por baixo em todos os jogos e um ataque que tem dificuldades para marcar gols, o Inter conseguiu uma proeza: levou gol de contra-ataque com um jogador a mais e mostrou, de novo, que não é candidato ao título.
Uma derrota que serve de lição para o técnico Diego Aguirre e sua comissão, que mesmo sem tempo para treinar, terá que fazer o Colorado ser mais equilibrado para se mandar depressa da parte de baixo da tabela.
MAURÍCIO SARAIVA - RBS
Grita alto a qualidade superior do time do Palmeiras, que já ganha de 1x0 no Beira-Rio. Inter não tem armador. O visitante tem 2 entre os titulares... Johnny de armador não foi boa ideia de Aguirre. Time que ganhou da Chape poderia ser mantido.
Palmeiras é melhor do que o Inter e venceu com um a menos. Daniel já tinha feito duas grandes defesas no 1x1. Campanha colorada até agora é de meio de tabela com olhar cuidadoso pra baixo. Inter 1x2 Palmeiras final no Beira-Rio.
DIMITRI BARCELLOS - RÁDIO INFERNO
Essa combinação Dourado + Johnny no meio-campo é uma daquelas que não potencializa nenhum dos dois individualmente, nem a parte coletiva do time.
Que noite vergonhosa.
GABRIEL CORRÊA - BAND-RS
Aguirre começou com Dourado-Jhonny-Edenilson para defender, buscar a transição e abrir o placar rápido. O problema é que sofreu gol cedo e a equipe teve sérias dificuldades pra progredir e criar num cenário favorável ao Palmeiras, salvo um ou outro momento de 1v1 do Caio Vidal.
Inter esteve com um a mais durante boa parte do segundo tempo e, mesmo assim, conseguiu sofrer diversos contra-ataques em inferioridade numérica. A saída de Dourado tirou consistência do meio e o 1-2 tem uns três erros (individuais e coletivos).
FILIPE DUARTE - GZH
Palmeiras é um dos grandes times do Brasil. Perder em casa seria minimamente aceitável se o Inter não estivesse com um jogador a mais por quase todo 2°T e vindo de uma largada tenebrosa de campeonato. Diante deste cenário, derrota é terrível!