Texto por Colaborador: Redação 15/09/2023 - 05:20

Dias atrás foi noticiado que o SCI recebeu uma proposta de uma empresa brasileira de marketing esportivo (Brax) no valor de cerca de R$ 98,5 milhões por um contrato de cinco anos envolvendo a exploração das placas de publicidade de LED ao redor do gramado do Beira-Rio.

Todavia, o jornalista Rodrigo Capelo, do GE, traz um alerta aos possíveis dirigentes "apressadinhos". Conforme ele, aos clubes de maior torcida (entre eles o Inter), a empresa propõe contratos próximos de R$ 100 milhões cada, dos quais R$ 25 milhões são luvas a pagar "à vista" – em até 30 dias úteis, contados a partir da assinatura.

Botafogo, Cruzeiro e Vasco anunciaram em julho, por meio de notas oficiais, que haviam chegado a pré-acordo com a Brax. Todos devem receber luvas. Já o Coritiba, cuja proposta não continha o pagamento do prêmio, ainda não decidiu se aceitará a oferta. O Santos também está próximo de fechar com a empresa, já tendo assinado um pré-acordo e recebido parte da verba.

As decisões também estão sendo discutidas pelos dirigentes no âmbito dos blocos, Libra e Forte Futebol, que se formaram para fundar a liga. O período que abrange o contrato da Brax, entre 2025 e 2029, é o mesmo do próximo ciclo dos direitos de transmissão do Brasileirão.

Ao mesmo tempo em que apresenta aos clubes uma proposta para a compra das placas estáticas, a Brax vai ao mercado em busca de patrocinadores, marcas interessadas em aparecer nessas propriedades, que são posicionadas à beira do campo durante as partidas. Apesar de ainda não ter fechado acordo com os cartolas do futebol, a empresa já se apresenta a casas de apostas como detentora dos direitos de 17 clubes da Série A, com cada cota de patrocínio estipulada com a pretensão de arrecadar R$ 458 milhões, divididos em parcelas entre 2024 e 2028.

No âmbito do Forte Futebol, na qual o Colorado deve fazer parte de maneira oficial em breve, os clubes possuem um acordo de investimento assinado com as empresas Serengeti e Life Capital Partners (LCP), havendo um movimento dos investidores para que os dirigentes mantenham com o bloco a negociação das suas placas.

Em primeiro lugar, o acordo com Serengeti e LCP prevê redutor de 10% sobre o investimento no caso de o clube vender propriedades comerciais incluídas nele para terceiros – como ocorreria com a Brax. Eis um exemplo. O Coritiba tem a previsão de receber R$ 156 milhões dos investidores, pela venda de parte dos seus direitos de transmissão por um período de 50 anos. Caso aceite a proposta da Brax, este valor seria reduzido em R$ 15,6 milhões antes mesmo de chegar ao caixa. Em segundo lugar, os assessores técnicos da LFF e os próprios investidores têm garantido que as placas estáticas, se negociadas dentro do grupo, renderão tanto ou mais dinheiro mais no futuro.

Eles argumentam que, enquanto no modelo da Brax o "lucro" ficará com a empresa – a diferença entre o valor pago aos clubes e o valor arrecadado com patrocinadores –, no Forte os clubes ficarão com esse lucro, que aumentará à medida que elas se valorizarem até 2029.

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