Texto por Colaborador: Redação 06/10/2021 - 12:22

O Ceará contou com mais de 10 dias para se preparar para o duelo desta quarta. No último final de semana, o Vozão, que visitaria o Bahia, não foi a campo devido ao acordo entre clubes e CBF pelo adiamento de partidas que ainda não contariam com público nos estádios. O período sem jogos foi aproveitado ao máximo pelo técnico Tiago Nunes, que ainda não conquistou a totalidade da torcida alvinegra, como revelou o jornalista Rodrigo Cavalcante em entrevista para a Rádio Colorada.

“O Tiago herdou o time tendo 14 dias para trabalhar, e se esperava, contra o Grêmio, uma atuação diferente pelo menos no comportamental, mas se viu a mesma coisa dos tempos de Guto. Não conseguiam finalizar, nem criar. Contra o Santos, uma semana depois, o time não consegue se comportar também, e o Tiago deu uma coletiva dizendo que viu evolução. O torcedor ficou “pistola”. Até que veio o jogo contra a Chapecoense, com mais possibilidades. Os defeitos, parece, diminuíram.”

Embalado após lutar por vaga na Libertadores até as rodadas finais do Brasileirão passado, o Ceará abriu a temporada de 2021 com postura bastante agressiva no mercado. Históricas pelos valores registrados, as movimentações do clube na janela de transferências despertaram grande expectativa na torcida, que ainda não teve sua ambição atendida dentro de campo. As frustrações explicam porquê Guto Ferreira, com mais de 15 meses à frente da equipe, foi demitido em agosto passado.

“O extracampo do Ceará, a nível financeiro, é muito bom. O investimento foi alto, as expectativas também, mas os resultados não são os que o torcedor esperava. Todos os esforços foram feitos. A folha já tem, de longe, o maior patamar da história do Vozão, mas o time, que tinha por objetivo pelo menos dois títulos na temporada, não viu nada disso acontecer, e a pressão veio com muita força, o que resultou na demissão do Guto Ferreira.”

Eliminado de maneira precoce tanto na Sul-Americana quanto na Copa do Brasil, e vice-campeão estadual e regional, o Ceará tem no Brasileirão sua grande chance de redenção para a temporada. O time, que abriu a rodada na 12ª colocação, somou 28 pontos nas 21 rodadas que já disputou, e briga por vaga na Libertadores do ano que vem. Curiosamente, a principal esperança para voos continentais reside não nas contratações do início do ano, mas, sim, nos jogadores revelados pelas categorias de base.

“O lado de campo foi entregue a jogadores das categorias de base, como o Kelvyn e o Rick. Aqueles de quem mais se esperava, como Mendoza e Yony, não conseguiram entregar, algo que pega muito para o torcedor, que já comprou a ideia de colocar o pessoal daqui. Viu-se que os medalhões não estão surtindo efeito, e se deposita na base esse papel. Agora, vamos para o primeiro jogo com público, mas, nas redes sociais, nota-se uma paciência muito maior com esses jogadores, uma ideia de valorizar quem é nosso.”

O duelo desta quarta-feira marcará o retorno da torcida alvinegra para os estádios. Reforço tratado como decisivo para o Ceará construir um segundo turno mais competitivo, o público deverá assistir aos seguintes nomes como titulares do Vozão contra o Inter: João Ricardo; Igor, Messias, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; Fernando Sobral e Marlon; Erik, Vina e Kelvyn; Cléber.

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