O GE.com apresentou o potencial que cada time para a rodada 4° do Brasileirão comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, são analisados 76.386 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.135 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para a produtividade atual de cada equipe.
FAVORITISMO: INTER 39% x 34% PALMEIRAS
Desde 2006, os dois clubes se enfrentaram 17 vezes com mando do Internacional, e o Palmeiras só venceu duas vezes, com oito vitórias do Internacional, além de sete empates.
É um confronto duríssimo para o Palmeiras, que só foi conseguir a primeira vitória em 2016 (1 a 0), quando encerrou um amplo domínio do Inter. Até essa primeira vitória, a equipe gaúcha tinha seis vitórias e três empates. De 2017 em diante, foram duas vitórias do Inter, quatro empates e uma vitória do Palmeiras, desempenho mais equilibrado.
Campeão gaúcho, o Inter ainda está invicto na temporada, o Internacional tem o melhor aproveitamento de pontos do ano no agregado dos mandos (11 V, 6 E, 0 D, 76%), com o segundo melhor ataque (32 gols marcados, média 1,88) e a segunda melhor defesa (oito gols sofridos em 17 jogos, média 0,47).
O Palmeiras, vice-campeão Paulista, está com a quarta performance geral (12 V, 7 E, 2 D, 68%), com o nono ataque (33 gols marcados, média 1,57) e a quinta defesa (14 gols sofridos em 21 jogos, média 0,67). Um confronto de gigantes em grande momento.
Com estas características de mando, será um confronto de invictos.
O Inter está com o segundo melhor desempenho mandante. Dos oito jogos, empatou um e venceu sete (92%). Tem atualmente a melhor defesa caseira da temporada (dois gols sofridos, 0,25), que não sofreu gol em seis partidas (75%), melhor desempenho. Fez gol em todas essas partidas (18 no total, média 2,25), segundo melhor desempenho.
Entre os visitantes, a performance do Palmeiras também é a segunda melhor (7 V, 3 E, 0 D, 80%), com o melhor ataque (22 gols em dez partidas, média 2,20) e a oitava defesa (nove gols sofridos, 0,90. Só não fez gol em um jogo fora, segunda melhor marca, e saiu de campo sem levar gol em três deles, 12º desempenho.
Entre tanto equilíbrio, um ponto pende muito a favor do Palmeiras nessa partida: o jogo aéreo.
O Palmeiras marcou nada menos que nove dos últimos dez gols dessa forma e dos últimos 20 gols em jogadas, foram 17 após bolas altas. Quando visitante, o Palmeiras marcou 19 gols em jogadas e 16 a partir de jogadas aéreas. É de se esperar que ataque o Inter da mesma forma.
Será um desafio imenso para o Internacional porque a equipe sofreu apenas seis gols em jogadas no ano, mas em cinco deles os adversários usaram bolas altas. Nesta temporada, o Inter só levou um gol em jogada, em bola alta, contra o Grêmio. Foi assim que o Flamengo conseguiu o gol de empate, no Maracanã, na primeira rodada do Brasileirão.
Ofensivamente, o Internacional é mais efetivo trocando passes rasteiros. Conquistou assim sete dos últimos dez gols, exatamente a mesma proporção dos últimos dez gols sofridos pelo Palmeiras.
É um jogo imperdível. Nas três primeiras rodadas, o Inter fez 35 finalizações, e o Palmeiras, 34. O Inter conseguiu um gol a cada 8,75 tentativas, e o Palmeiras, a cada 8,50, cada time com quatro gols.
Defensivamente, nas três primeiras rodadas, o Inter sofreu 31 finalizações, e o Palmeiras, 30, e cada um sofreu um gol.
Deve ser um jogaço tenso, com tendência para muitas faltas: o Internacional está com a quarta maior média de faltas cometidas (16,3), e o Palmeiras, com a maior (18,7). Os jogadores do Inter receberam sete amarelos (sexta marca), e o Palmeiras é o time mais punido com esses cartões, 13, sendo seis só contra o Corinthians.