A decisão de demitir 44 funcionários nesta semana para conter a crise do Covid-19 gerou inúmeras críticas à gestão do presidente Marcelo Medeiros, principalmente quando comparado ao nulo corte no salários dos jogadores, montante quase 30x maior aos R$ 300 mil mensais desonerados do orçamento com a saída dos funcionários. Nesse contexto, o presidente do Sindicato dos Empregados em Clubes Esportivos do RS (SECEFERGS), Miguel Salaberry Filho, fez duras críticas em entrevista nesta quinta-feira (7) à Rádio Gre-Nal, lamentando a falta de sensibilidade no Beira-Rio.
“O Inter deveria ter utilizado a medida provisória 936 para segurar estes empregos, 70% dos funcionários de Grêmio e Inter não recebem acima de 3 mil reais. Nós encaminhamos uma proposta para o Inter, baseado no que o Grêmio aplicou neste momento. O Inter iniciou as negociações e logo na sequência deu início a demissão de mais de 40 funcionários (...) O presidente Marcelo Medeiros decepcionou muito os trabalhadores do Inter. Não teve hombridade, personalidade e nem a gestão de futebol que teve o presidente Romildo Bolzan Jr. No momento que começou essa pandemia o Grêmio se preocupou em manter os empregos dos trabalhadores em primeiro lugar para manter uma estrutura vitoriosa”.
Posteriormente, também em entrevista à GreNal, o vice-presidente colorado, João Patrício Herrmann, rebateu as críticas. “Eu só tenho a repudiar essas declarações. Acho que as pessoas não estão vivendo nesse planeta. O mundo parou, o futebol parou. Eu tenho o maior respeito por sindicatos, pelos funcionários do Inter. O Inter paga corretamente seus funcionários, não fica devendo nada, ainda os bonifica. Ninguém queria demitir, mas se fez necessário (...) O Inter tem mais de 700 funcionários, com atletas, fizemos uma redução de menos de 8% do quadro funcional. Em momento algum os funcionários foram maltratados. É um momento triste para nós. São alguns ajustes que precisaram ser feitos, para seguir honrando com as obrigações de quem segue no clube", declarou.