Texto por Colaborador: Redação 15/08/2023 - 05:43

O triunfo sobre o River Plate foi um feito impressionante. Demonstrando uma força inaudita, o SCI superou um adversário que detinha uma sequência inteira de trabalho, um elenco poderoso, enquanto pode competir com uma formação literalmente montada em semanas, tendo peças voltando do departamento médico e nítida falta de entrosamento.

Coudet, que é reconhecido por jogar somente "ao seu estilo", demonstrou uma enorme capacidade de estrategista, sobretudo no 1° tempo em Buenos Aires e nos 90 minutos no Beira-Rio. Somente graças a isso e aos reforços de maior gabarito - além do ambiente extremamente favorável que a torcida criou - que a camisa vermelha encontrou méritos suficientes para conquistar uma vaga das mais duras dos últimos anos. 

O grande X da questão foi justamente observar que Chacho não repetiu os erros testemunhados na Série A: uma equipe apressada, que erra em demasia, entregando a bola ao adversário por momentos e com uma linha exageradamente alta. O Inter contra os comandados de Demichelis foi calculista: jogamos com paciência (sem gastar todo o gás em um curto espaço de tempo, administrando o desgaste), girando a bola por vezes com um certo desdém, até que os espaços apareciam e o time ia ameaçando a meta argentina. Na retaguarda, as repetidas falhas de uma linha extremamente avançada foi precisamente ajustada, com alguns metros a menos fazendo com que o River não encontrasse a profundidade necessária para abastecer Solari e seu centroavante em velocidade. A receita para o sucesso foi encontrada no timing certo, ao focar em estratégias específicas e não em uma atuação "ideal" (preocupada meramente em ser ofensiva ou defensiva), mas ajustada ao confronto.

Todavia, ao não ter o mesmo tempo na semana para trabalhar os outros jogos com a mesma precisão, o SCI tem apanhado na Série A. Contra o Botafogo até se viu 45 minutos nesse perfil mas, na etapa final, uma série de erros e uma formação extremamente sem forças foi presa fácil para um rival em um momento que não permite erros. Mesmo assim, se o Inter e sua comissão ajustarem esses passos em ambas competições, não é nenhum absurdo imaginar o Colorado tendo reais chances de avançar na Libertadores, algo que há pouco tempo atrás parecia uma miragem.

Ademais, o duelo contra os "millonarios" deixou um alerta claríssimo à direção de Alessandro Barcellos & Cia: o quanto as arbitragens sul-americanas são suspeitas. O pênalti não marcado em Bustos foi um escândalo, algo que não é possível se justificar sem imaginar o pior do trio uruguaio. Não sejamos bobos: na Libertadores é preciso trabalhar nos bastidores SEMPRE, não para ser beneficiado, mas para que lances como daquele tipo jamais se repitam. 

No tangente ao torcedor, é manter esse espírito de luta em todos os jogos - seja no Brasileiro ou Libertadores - porque como já vimos em Agosto, nós não entramos em campo nem ganhamos o jogo, mas ajudamos e muito.

É hora de aglutinarmos forças! VAMO INTER

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