Texto por Colaborador: Redação 08/07/2022 - 02:16

Nestas últimas semanas, dois fatos importantes permearam o Beira-Rio. A negativa de Yuri Alberto e consequente ida pro Corinthians e uma entrevista lamentável de Galhardo, falando que não gostaria de voltar ao Internacional. Mas, isso não é novidade no Beira-Rio, pois meses antes o empresário do jogador Wesley Moraes havia ido aos microfones da Rádio Bandeirantes para reclamar que seu jogador estaria sendo colocado de lado e que não havia nenhum tratamento especial sendo dado para o atacante.

Os três fatos são muito distintos um dos outros, mas mostram a falta de maturidade dessa geração de jogadores, que se colocam acima do clube e da camisa. O caso de Yuri Alberto é o mais emblemático, um jogador descartado no Santos e que o Inter apostou 10 milhões de reais. Uma aposta certeira, pois o jogador foi muito bem no Beira-Rio e era o principal jogador da equipe vice-campeã brasileira, mas o tempo passou, Yuri foi para o Zenit e isso parece ter mudado a cabeça do jogador. Em uma escolha entre iguais, Yuri Alberto preferiu o Corinthians por ter uma “vitrine” maior, em vez de retribuir a gratidão do clube que o acolheu e apostou nele. Não bastasse isso, suas postagens em tom jocoso remetendo ao episódio do DVD, só demonstram como faltou gratidão, caráter e como ele é apenas mais um dessa classe de jogadores mimados. Yuri trocou o reinado em Porto Alegre, para jogar em uma equipe desequilibrada e com poucas chances de títulos como o Corinthians.

Enquanto Galhardo, que viveu seu melhor momento da carreira no Internacional, também não fugiu disso. O jogador que conseguiu desagradar a todos no beira-rio, inclusive os companheiros de clube, deu uma lamentável entrevista para Bandeirantes, dizendo que não gostaria de voltar ao Inter e falando em um tom de superioridade ao se referir ao futebol brasileiro. É importante lembrar que no Celta de Vigo, o jogador disputou trinta e uma partidas, fazendo apenas dois gols e dando duas assistências. Galhardo é mais um desses casos de jogadores médios, que nunca despontaram e se acham melhores do que realmente são.

Com uma boa arrancada de Premier League e uma convocação por Tite, Wesley Moraes parecia ter um futuro brilhante, até uma lesão no joelho tirar o jogador dos gramados por um ano. Logo em sua chegada ao Inter, se achou que ele seria o cara para assumir a 9 deixada por Yuri. Mas, o que se viu foi um jogador que parece não ter nenhuma capacidade fisica e nenhum envolvimento com as partidas e isso piora quando seu empresário vem publicamente cobrar Mano Menezes por não receber a “atenção” devida. O que mostra uma total acomodação e falta de indignação com o rumo que a própria carreira está tomando.

Mas, o que os três têm em comum é o que a geração de jogadores hoje parece ter, uma falta de amor pelo clube e pela carreira. Uma falta de maturidade para entender o que está acontecendo e fazer uma autocrítica, vivemos a geração onde esses caras são cercados por “puxa-sacos”, apenas por terem dinheiro e estarem na mídia. E o mais triste é que esses três não são casos isolados dentro da “nova era” do futebol, onde jogadores pensam e se colocam como maiores que clubes, instituições e que o torcedor. Uma era de trevas pra quem um dia cantou, vibrou e chorou com nomes como Falcão, Fernandão e D’alessandro vestindo a camisa vermelha.

Texto por: Vinícius Rosa

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