Alessandro Barcellos, dirigente do Internacional há quase nove anos – incluindo passagens como vice-presidente de finanças e futebol na gestão de Marcelo Medeiros (2017-2020) –, não esconde que 2024 foi o pior ano desse período no aspecto financeiro. O clube precisará adotar medidas rigorosas em 2025 para equilibrar as contas, após os impactos das enchentes que alagaram o Beira-Rio e devastaram o CT Parque Gigante. Em entrevista publicada pelo Correio do Povo, ele contextualizou a situação:
— Neste ano (2025), teremos que apertar o cinto para recuperar 2024. Foi um período extremamente difícil para o clube, até mais complicado que 2020, durante a pandemia. Os prejuízos foram ainda maiores agora, porque temos que reconstruir muitas coisas — declarou o presidente colorado.
Segundo Barcellos, a prioridade foi manter os salários em dia, enquanto outras obrigações precisaram ser renegociadas.
— Pagamos os salários porque era o essencial. O restante, tivemos que parcelar e seguir pagando, assim como fazem conosco. Mas não é algo que gostamos de fazer — explicou.
O reflexo dessa situação é um orçamento mais enxuto para contratações em 2025. Em vez de nomes de peso, como Borré, Thiago Maia ou Fernando, o Inter optou por reforços mais acessíveis financeiramente.
O balanço financeiro de 2024 está em fase final de elaboração e será apresentado aos conselheiros nas próximas semanas. A expectativa é de superávit, impulsionado pela venda de Gabriel Carvalho ao futebol árabe nos últimos dias de dezembro. Sem essa negociação, o clube poderia ter registrado um déficit histórico.